Phnom Penh, Camboja, 27 de julho de 2024 – Agência de Notícias Khmer – Um tribunal cambojano considerou um importante líder da oposição culpado de difamação e ordenou que ele pagasse uma grande indenização ao governo.
Segundo a mídia local, o tribunal na capital Phnom Penh proferiu a sentença na quinta-feira (25) contra Teav Vannol. Ele foi multado em cerca de 2.500 dólares por comentários feitos durante uma visita ao Japão em fevereiro e ordenado a pagar uma indenização de 1,5 milhão de dólares.
Em uma entrevista a um veículo de comunicação japonês, o presidente do Partido Candlelight disse que seu país estava “piorando em termos de democracia” após Hun Manet assumir o poder no ano passado. Ele também afirmou que “não há democracia no Camboja”.
Vannol admite ter feito os comentários, mas argumenta que não eram criminosos. Espera-se que ele apele da decisão.
O governo tem reprimido há muito tempo as forças de oposição, inclusive prendendo o líder do que já foi o maior partido de oposição sob suspeita de traição. Países ocidentais têm expressado preocupações sobre essa repressão.
Esta condenação marca mais um capítulo na crescente tensão política no Camboja, onde a liberdade de expressão e a oposição política têm enfrentado desafios significativos. A severidade da sentença – uma multa substancial e uma indenização milionária – levanta questões sobre o impacto que isso pode ter na capacidade da oposição de criticar abertamente o governo.
A declaração de Vannol sobre o estado da democracia no Camboja reflete preocupações mais amplas expressas por observadores internacionais e defensores dos direitos humanos. A resposta do governo a essas críticas, por meio de ações legais, pode ser vista como um esforço para silenciar vozes dissidentes.
Este caso também destaca o delicado equilíbrio entre liberdade de expressão e leis de difamação, especialmente em contextos políticos. A decisão do tribunal pode ter um efeito inibidor sobre outros líderes da oposição e ativistas, potencialmente limitando o debate público sobre questões políticas cruciais no país.
À medida que Vannol se prepara para apelar da decisão, a comunidade internacional provavelmente continuará monitorando de perto a situação política no Camboja, especialmente no que diz respeito ao tratamento da oposição e à liberdade de expressão.
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