Tóquio, Japão, 04 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O porta-voz do governo japonês, Hayashi Yoshimasa, revelou nesta quarta-feira (3) três novos casos de alegada violência sexual envolvendo pessoal militar dos Estados Unidos. Esta divulgação ocorre após dois casos de suposta agressão sexual em Okinawa terem vindo à tona na semana passada, aumentando as preocupações sobre a conduta das forças americanas no país.
Na semana passada, foi revelado que um membro da Força Aérea dos EUA foi indiciado em março por supostamente sequestrar e agredir sexualmente uma menor de idade em dezembro, e que um fuzileiro naval americano foi indiciado no mês passado por tentativa de agressão sexual e lesão corporal contra uma mulher.
Hayashi informou que, em um dos três novos casos revelados, suspeita-se que pessoal militar dos EUA tenha tido relações sexuais sem consentimento. Dois dos supostos incidentes ocorreram no ano passado – em fevereiro e agosto – e o outro teria acontecido em janeiro deste ano. Nenhum dos suspeitos foi indiciado nesses novos casos.
O Secretário-Chefe do Gabinete descreveu os crimes sexuais envolvendo membros das forças armadas dos EUA como “extremamente lamentáveis” e reconheceu que eles causam grande preocupação aos residentes locais. “Estes incidentes minam a confiança da comunidade e a relação entre nossos países. É imperativo que medidas mais rigorosas sejam tomadas para prevenir tais ocorrências”, declarou Hayashi.
O governo japonês tem enfrentado críticas por não ter divulgado esses incidentes anteriormente e por não ter notificado as autoridades provinciais. Esta falta de transparência levantou questões sobre como tais casos são gerenciados e reportados.
Hayashi assegurou que o governo continuará solicitando a Washington que tome medidas rigorosas para prevenir tais incidentes. “Estamos em constante diálogo com nossos parceiros americanos para garantir que a segurança e o bem-estar de nossos cidadãos sejam prioridade absoluta”, afirmou.
Além disso, o porta-voz reiterou o compromisso do governo em continuar fazendo todo o possível para reduzir o ônus de hospedar bases americanas, especialmente em Okinawa, onde a presença militar dos EUA é mais concentrada.
Estes novos casos aumentam a pressão sobre as autoridades japonesas e americanas para abordar de forma mais eficaz as questões de conduta e disciplina entre as forças dos EUA estacionadas no Japão. A situação também destaca os desafios contínuos na gestão da aliança de segurança entre os dois países, equilibrando as necessidades de defesa com as preocupações das comunidades locais.
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