Tóquio, Japão, 04 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, está organizando um encontro com os líderes da Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia à margem da cúpula da OTAN na próxima semana nos Estados Unidos. A informação foi revelada pelo próprio Kishida durante uma reunião do governo com o bloco governista nesta quarta-feira (3).
Kishida confirmou sua participação na cúpula da OTAN em Washington, seguida de uma viagem à Alemanha para um encontro com o chanceler Olaf Scholz. O primeiro-ministro expressou esperança em fortalecer a cooperação entre Japão e OTAN, bem como a parceria nipo-germânica, visando estabelecer bases para responder à atual situação internacional.
Fontes do governo afirmam que Kishida planeja realizar uma reunião com os representantes da Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia, países que, junto com o Japão, foram convidados para a cúpula da OTAN como parceiros da região Indo-Pacífico. “Esta reunião representa uma oportunidade única para alinhar estratégias entre nações que compartilham valores democráticos na região”, comentou um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Japão.
Observadores políticos acreditam que o objetivo de Kishida é reafirmar a parceria desses países em prol da paz e estabilidade na região Indo-Pacífico. Espera-se que o encontro aborde temas como a oposição conjunta a mudanças unilaterais forçadas no status quo, referindo-se ao aumento da atividade marítima da China, e a importância de manter e fortalecer uma ordem internacional livre e aberta baseada no estado de direito.
“Este encontro quadrilateral é um sinal claro de que o Japão está assumindo um papel mais proativo na segurança regional”, afirmou a Dra. Yuki Tatsumi, especialista em política externa japonesa do Instituto Stimson em Washington. “Reflete a crescente preocupação com as ações assertivas da China no Mar do Sul da China e no Estreito de Taiwan.”
A iniciativa de Kishida ocorre em um momento de crescentes tensões geopolíticas na região Indo-Pacífico. A reunião com os líderes da Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia é vista como um passo estratégico para fortalecer alianças e apresentar uma frente unida diante dos desafios regionais.
Além disso, a participação do Japão na cúpula da OTAN e o subsequente encontro com o chanceler alemão Scholz destacam os esforços do país para expandir sua influência diplomática além da região asiática. “O Japão está claramente buscando um papel mais global em questões de segurança”, observou o Dr. Akira Watanabe, professor de relações internacionais da Universidade de Tóquio.
À medida que a data da cúpula se aproxima, a comunidade internacional aguarda com interesse os resultados desses encontros, que podem moldar significativamente o equilíbrio de poder e as alianças na região Indo-Pacífico nos próximos anos.
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