Oita, Japão, 03 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Um tribunal distrital na prefeitura de Oita, oeste do Japão, condenou um homem à pena de morte na terça-feira (2) por assassinar uma mulher idosa e seu filho, além de cometer roubo em 2020. A sentença, que reflete a gravidade do crime na sociedade japonesa, foi proferida após um julgamento que atraiu considerável atenção pública.
Sato Shoichi, um funcionário de empresa de 39 anos, foi acusado de invadir ilegalmente a casa de uma mulher de 79 anos na cidade de Usa, matando-a e a seu filho de 51 anos. Sato também foi acusado de roubar mais de 80.000 ienes, aproximadamente 500 dólares.
Os promotores argumentaram que o crime foi cometido com uma intenção extremamente forte de matar, merecendo a condenação pública. “A brutalidade e premeditação deste ato exigem a mais severa das punições”, declarou o promotor-chefe durante o julgamento.
Sato, por sua vez, negou consistentemente ter cometido o crime. Sua defesa argumentou que ele é inocente, sugerindo que outra pessoa poderia ter sido responsável pelos assassinatos. “Não há evidências conclusivas que liguem nosso cliente diretamente a esses atos hediondos”, afirmou o advogado de defesa.
O juiz presidente, Karashima Yasutaka, rejeitou as alegações da defesa e sentenciou Sato à morte, conforme solicitado pelos promotores. “As evidências apresentadas não deixam dúvidas quanto à culpabilidade do réu”, declarou Karashima ao proferir a sentença.
Esta decisão reacende o debate sobre a pena de morte no Japão, um dos poucos países desenvolvidos que ainda mantém esta prática. Ativistas de direitos humanos expressaram preocupação com a sentença. Yuki Tanaka, da Anistia Internacional Japão, comentou: “Embora reconheçamos a gravidade do crime, a pena de morte não é a resposta. Continuamos a defender por alternativas mais humanas e eficazes de justiça.”
Familiares das vítimas, presentes no tribunal, expressaram alívio com o veredicto. O irmão da vítima declarou: “Nada pode trazer de volta nossos entes queridos, mas esperamos que esta sentença traga algum senso de justiça e encerramento para nossa família.”
O caso chamou a atenção para questões de segurança em comunidades rurais japonesas e levantou debates sobre prevenção de crimes violentos. Autoridades locais em Oita anunciaram planos para reforçar medidas de segurança comunitária em resposta ao incidente.
A defesa de Sato tem 14 dias para apelar da decisão. Caso a sentença seja mantida, Sato se juntará aos mais de 100 prisioneiros atualmente no corredor da morte no Japão, onde as execuções são realizadas por enforcamento e geralmente ocorrem anos após a condenação.
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