Tóquio, Japão, 18 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O Tribunal Distrital de Tóquio deu início nesta quarta-feira (17) a um julgamento de indenização contra o gigante tecnológico americano Google. O processo foi movido por 63 indivíduos e organizações, incluindo médicos, que alegam que a empresa falhou em remover avaliações prejudiciais e imprecisas no aplicativo Google Maps.
Os autores da ação buscam uma indenização de mais de 1,4 milhão de ienes (aproximadamente 9.000 dólares) do Google. Eles argumentam que alguns comentários postados no aplicativo eram imprecisos e que baixas avaliações foram atribuídas sem justificativa. Além disso, afirmam que a empresa não removeu essas avaliações quando solicitada.
O Google Maps permite que os usuários avaliem e postem comentários sobre locais e estabelecimentos. Esta funcionalidade, embora útil para muitos consumidores, tem se tornado fonte de preocupação para profissionais e empresas que se sentem injustamente prejudicados por avaliações negativas ou imprecisas.
O caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade das plataformas digitais em relação ao conteúdo gerado por usuários. Enquanto o Google argumenta que oferece um serviço valioso para os consumidores, os demandantes alegam que a empresa tem o dever de monitorar e remover conteúdo prejudicial quando notificada.
Em resposta à ação, o Google solicitou ao tribunal que rejeite o pedido de indenização dos autores. A empresa provavelmente argumentará que possui políticas e procedimentos adequados para lidar com reclamações sobre avaliações, e que não pode ser responsabilizada por todas as opiniões expressas pelos usuários em sua plataforma.
Este caso no Japão não é isolado, refletindo uma tendência global de escrutínio crescente sobre as práticas das grandes empresas de tecnologia em relação à moderação de conteúdo. O resultado deste julgamento pode ter implicações significativas para como as plataformas online operam no Japão e potencialmente em outros países.
À medida que o julgamento avança, espera-se que sejam debatidas questões cruciais sobre liberdade de expressão, responsabilidade corporativa e os limites da moderação de conteúdo online. O caso é acompanhado de perto não apenas pela comunidade jurídica, mas também por empresas e consumidores que dependem de plataformas de avaliação online.
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