G7 contra superprodução chinesa: novas medidas.

Stresa, Itália, 18 de julho de 2024 – Agência de Notícias Reuters – Os ministros do Comércio do Grupo dos Sete (G7) iniciaram nesta terça-feira (16) discussões na Itália, com foco na elaboração de medidas para enfrentar a superprodução chinesa de veículos elétricos, painéis solares e outros produtos estratégicos.

Embora o rascunho da declaração final, obtido pela NHK, não mencione explicitamente a China, faz referências veladas às práticas do país que têm gerado preocupações entre as principais economias mundiais. Os líderes do G7 já haviam expressado inquietações semelhantes durante a cúpula do mês passado, alegando que as práticas chinesas estão tornando outras economias menos competitivas.

O documento preliminar destaca a necessidade de uma resposta conjunta à questão da supercapacidade e de um monitoramento aprimorado das políticas e práticas não mercadológicas. Além disso, enfatiza que as restrições às exportações de minerais críticos não devem interromper as cadeias de suprimentos.

Os ministros também abordam a importância de intensificar o compartilhamento de informações e as capacidades de monitoramento, bem como a adesão a padrões internacionais ambientais e outros na mineração e investimento. O rascunho condena veementemente qualquer tentativa de “armar dependências econômicas” e a “coerção econômica” visando pressionar parceiros por meio de restrições comerciais.

Janet Yellen, Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, destacou a superprodução chinesa como um tema central das discussões, refletindo a crescente preocupação das economias ocidentais com as práticas comerciais de Pequim. A União Europeia já anunciou a imposição de tarifas adicionais sobre veículos elétricos chineses, seguindo medidas semelhantes adotadas pelos Estados Unidos.

Os ministros do G7 devem adotar a declaração final na quarta-feira (17), estabelecendo um marco importante na abordagem coletiva das principais economias mundiais frente aos desafios do comércio global e às práticas consideradas desleais.

Esta reunião do G7 representa um passo significativo na formulação de uma resposta coordenada às preocupações econômicas globais, com potenciais implicações de longo alcance para o comércio internacional e as relações econômicas com a China.