Shizuoka, Japão, 05 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – O Tribunal Distrital de Shizuoka condenou nesta quinta-feira (4) o ex-diretor de um jardim de infância no centro do Japão a 16 meses de prisão pela morte de uma menina de 3 anos que foi deixada dentro de um ônibus escolar. Kawamoto China faleceu devido a um golpe de calor agudo após ficar presa no veículo por cerca de cinco horas em 5 de setembro de 2022.
Masuda Tatsuyoshi, de 74 anos, ex-diretor do Jardim de Infância Kawasaki na cidade de Makinohara, prefeitura de Shizuoka, foi acusado de não ter confirmado se todas as crianças haviam desembarcado do ônibus que ele dirigia. A ex-professora da menina, Nishihara Ako, de 48 anos, também foi indiciada por não ter contatado a família para confirmar o paradeiro da criança, acreditando erroneamente que ela estava ausente.
O juiz presidente Kunii Koshi declarou que o ex-diretor Masuda “regularmente colocava em risco a vida de muitas crianças que utilizavam o transporte escolar devido à sua gestão de segurança negligente”. Kunii classificou a conduta de Masuda como “altamente perigosa e grave”, destacando sua negligência em cumprir o dever de garantir a segurança das crianças como motorista.
A ex-professora recebeu uma sentença de prisão de um ano, suspensa. O juiz afirmou que “sua falha em cumprir o dever básico de garantir a segurança da vítima foi uma negligência grave”.
“Este caso trágico serve como um lembrete doloroso da importância crucial de proteger as vidas das crianças”, comentou a Dra. Yuki Tanaka, especialista em segurança infantil da Universidade de Tóquio. “É fundamental que instituições educacionais reforcem seus protocolos de segurança para prevenir futuros incidentes.”
O caso gerou comoção nacional e levou a um debate sobre a necessidade de medidas mais rigorosas de segurança em instituições educacionais. O Ministério da Educação do Japão anunciou que está revisando as diretrizes de segurança para transporte escolar em todo o país.
Ao concluir a sentença, o juiz presidente enfatizou que “as pessoas devem estar cientes da importância de proteger as vidas das crianças. Acidentes podem ocorrer quando as pessoas se esquecem de quão preciosas são as vidas das crianças”.
A família de Kawamoto China expressou alívio com o veredicto, mas ressaltou que nenhuma punição poderia compensar a perda de sua filha. “Esperamos que esta tragédia sirva como um alerta para que nenhuma outra família tenha que passar por essa dor”, declarou o pai da menina em comunicado lido por seu advogado.
O caso continua a repercutir na sociedade japonesa, levantando questões sobre responsabilidade, segurança infantil e a necessidade de maior vigilância em ambientes educacionais.
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