Cabul, Afeganistão, 24 de julho de 2024 – Agência de Notícias Bakhtar – Autoridades das Nações Unidas alertam que o Afeganistão está repleto de minas terrestres e artilharia não detonada, com as crianças sendo as principais vítimas dessa ameaça silenciosa. A falta de recursos para enfrentar o problema agrava a situação, colocando milhões de vidas em risco.
Um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs – OCHA) revela que, somente no primeiro semestre deste ano, houve 292 vítimas de minas terrestres e explosivos não detonados. Alarmantemente, nove em cada dez vítimas eram crianças.
A crise econômica severa que assola o Afeganistão contribui para a persistência do problema. Desde que o governo interino do Talibã assumiu o poder em 2021, nenhum outro país reconheceu formalmente a nova administração, dificultando o acesso a recursos internacionais.
O OCHA adverte que a escassez de fundos para programas de desminagem e ajuda humanitária coloca em risco a vida de 3,4 milhões de pessoas. A situação é particularmente preocupante para as crianças, que são mais vulneráveis aos perigos das minas terrestres devido à sua curiosidade natural e falta de consciência dos riscos.
A comunidade internacional é instada a aumentar seu apoio financeiro e técnico para os esforços de desminagem no Afeganistão. Além disso, programas de educação sobre os riscos de minas terrestres são fundamentais para proteger as crianças e comunidades vulneráveis.
A crise das minas terrestres no Afeganistão é um lembrete sombrio dos efeitos duradouros dos conflitos e da necessidade urgente de ação humanitária coordenada para proteger as populações mais vulneráveis, especialmente as crianças.
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