Pequim, China, 18 de julho de 2024 – Agência de Notícias Xinhua – O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou nesta quarta-feira (17) a suspensão das conversações sobre controle de armas nucleares com os Estados Unidos, citando como motivo a contínua venda de armamentos americanos a Taiwan.
Lin Jian, porta-voz do ministério chinês, fez o anúncio durante uma coletiva de imprensa, destacando que a decisão afeta as negociações entre altos funcionários dos dois países. As conversações haviam sido retomadas em novembro do ano passado, durante uma cúpula realizada nos Estados Unidos, mas desde então não houve progresso significativo.
O porta-voz afirmou que, ignorando a firme oposição da China, os Estados Unidos continuaram a vender armas a Taiwan, comprometendo seriamente os interesses fundamentais chineses. Essa ação, segundo Lin, prejudicou a atmosfera política necessária para a continuidade das consultas sobre controle de armas.
“O lado americano é inteiramente responsável por esta situação”, declarou Lin Jian, enfatizando a posição da China sobre o assunto.
A decisão de Pequim parece ser uma tentativa de pressionar Washington, que recentemente vendeu drones suicidas a Taiwan. A ilha, governada de forma autônoma, é considerada pela China como parte de seu território, e a questão de Taiwan continua sendo um ponto de tensão nas relações sino-americanas.
Esta suspensão das conversações ocorre em um momento delicado, poucos meses após a posse do novo governo taiwanês liderado pelo presidente Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista, em maio deste ano.
A interrupção do diálogo sobre controle de armas nucleares entre as duas maiores potências mundiais levanta preocupações sobre a estabilidade global e o futuro dos esforços de não-proliferação nuclear. Especialistas em relações internacionais alertam que essa suspensão pode ter implicações significativas para a segurança regional e global, especialmente considerando as tensões já existentes no estreito de Taiwan.
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