Pequim, China, 05 de julho de 2024 – Agência de Notícias Xinhua – Quinze anos após os violentos protestos anti-governo na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, a China sinaliza que manterá suas chamadas medidas de segurança na região, apesar das acusações internacionais de violações de direitos humanos.
Em 5 de julho de 2009, manifestações da minoria étnica uigur na cidade central de Urumqi escalaram para tumultos em larga escala, resultando em cerca de 200 mortes, segundo as autoridades. Desde então, o governo chinês intensificou esforços para desenvolver a economia de Xinjiang e implementou medidas rigorosas de segurança.
O PIB da região em 2023 foi aproximadamente 4,5 vezes maior que em 2009, refletindo o foco do governo no desenvolvimento econômico como forma de abordar as disparidades de riqueza entre uigures e a etnia Han, consideradas um dos fatores por trás dos protestos.
As autoridades também implementaram medidas para prevenir o que chamam de divisões étnicas e terrorismo, incluindo restrições a costumes islâmicos praticados pelos uigures. O governo afirma ter fornecido educação e treinamento em instalações para livrar os uigures de ensinamentos extremistas.
No entanto, a China enfrenta acusações internacionais de cometer violações de direitos humanos em Xinjiang sob o pretexto de programas antiterrorismo. Um número crescente de uigures também denuncia a detenção injusta de familiares.
“As políticas do governo em Xinjiang são necessárias para garantir a estabilidade e o desenvolvimento da região”, declarou Li Wei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. “Rejeitamos categoricamente as acusações infundadas de violações de direitos humanos.”
As áreas onde os tumultos eclodiram foram transformadas em pontos turísticos, mas a segurança permanece intensa, com veículos blindados implantados. Pequim parece ansioso para destacar os resultados de suas políticas para Xinjiang, afirmando que o país não testemunhou ataques terroristas nos últimos sete anos.
“Xinjiang desfruta atualmente de estabilidade social, desenvolvimento econômico, solidariedade étnica, harmonia religiosa e padrões de vida crescentes”, enfatizou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Observadores internacionais, no entanto, permanecem céticos. “Embora haja melhorias econômicas inegáveis, as preocupações com os direitos humanos não podem ser ignoradas”, comentou a Dra. Sarah Johnson, especialista em assuntos chineses da Universidade de Londres.
À medida que o debate sobre as políticas da China em Xinjiang continua, o governo mantém sua posição de que as medidas são necessárias para a segurança e o desenvolvimento da região, enquanto a comunidade internacional pressiona por maior transparência e respeito aos direitos humanos.
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