Camboja condena ativistas ambientais à prisão.

Phnom Penh, Camboja, 03 de julho de 2024 – Agência de Notícias Reuters – Um tribunal cambojano condenou na terça-feira (2) dez membros de um grupo ambientalista por insultar o rei do país e conspirar para derrubar o governo. A decisão judicial, que tem gerado preocupações sobre a liberdade de expressão e o ativismo ambiental no país, afeta membros da organização Mother Nature.

Segundo a mídia local, três membros do grupo, incluindo seu cofundador espanhol, foram sentenciados a oito anos de prisão e multados em 2.500 dólares por ambas as acusações. Os outros sete ativistas receberam sentenças de seis anos de prisão.

A Mother Nature, fundada em 2012, tem como objetivo combater a destruição ambiental causada pelo desenvolvimento no Camboja. O grupo tem sido crítico ao governo, afirmando em seu site que “o Camboja está longe de ser um regime democrático”. A organização também denuncia que “nos últimos anos, ativistas cambojanos de direitos humanos e ambientais têm sido mortos, presos e constantemente reprimidos”.

Essas condenações ocorrem em um momento de transição política no Camboja. O primeiro-ministro Hun Manet, que sucedeu seu pai Hun Sen após quase quatro décadas de governo, tem enfrentado acusações de prender funcionários de partidos de oposição e ativistas desde que assumiu o poder.

A sentença contra os membros da Mother Nature levanta questões sobre o futuro do ativismo ambiental e dos direitos humanos no Camboja. Organizações internacionais de direitos humanos expressaram preocupação com o que consideram ser uma tendência crescente de repressão à dissidência no país.

Observadores locais e internacionais veem essas condenações como um sinal preocupante para a liberdade de expressão e o direito de protestar pacificamente no Camboja. Há temores de que tais ações judiciais possam desencorajar futuros esforços de conservação ambiental e ativismo social no país.

A comunidade internacional está acompanhando de perto a situação, com apelos para que o governo cambojano respeite os direitos humanos e a liberdade de expressão. Enquanto isso, grupos de defesa dos direitos humanos estão mobilizando esforços para apoiar os ativistas condenados e pressionar por sua libertação.