Tóquio, Japão, 19 de julho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de vigilância nuclear da ONU, confirmou nesta quinta-feira (18) que a liberação de água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi no oceano continua atendendo aos padrões internacionais de segurança. O relatório, emitido por uma força-tarefa da AIEA, baseia-se na segunda missão da agência ao Japão desde o início da descarga em agosto do ano passado.
A força-tarefa reafirmou as conclusões do relatório abrangente de segurança da AIEA emitido antes do início da operação de liberação. O relatório pré-liberação indicava que o manuseio da água tratada pelo Japão é consistente com os padrões internacionais de segurança e que, se a descarga prosseguisse conforme planejado, o impacto da radiação em humanos e no meio ambiente seria insignificante.
O novo relatório foi compilado com base nas descobertas da missão da força-tarefa ao Japão em abril, envolvendo especialistas de nove países, incluindo Estados Unidos, Coreia do Sul e China. A equipe não encontrou desvios dos padrões internacionais de segurança durante sua inspeção.
O documento também menciona um incidente de suspensão automática da liberação de água devido à perda de energia no local. No entanto, a força-tarefa ressaltou que esta suspensão estava dentro das especificações de projeto e nenhuma anormalidade foi identificada nos equipamentos. A descarga foi retomada no mesmo dia sem maiores complicações.
Esta avaliação positiva da AIEA é crucial para o Japão, que enfrenta críticas de países vizinhos, especialmente da China, em relação à segurança do processo de liberação da água tratada. A confirmação contínua da segurança por uma organização internacional respeitada ajuda a aliviar preocupações e a construir confiança no processo de gerenciamento da água de Fukushima.
O Japão iniciou a liberação da água tratada como parte de seus esforços contínuos para descomissionar a usina nuclear de Fukushima Daiichi, que foi danificada por um terremoto e tsunami em 2011. O processo de tratamento remove a maioria dos elementos radioativos da água, exceto o trítio, que é diluído a níveis considerados seguros antes da liberação no oceano.
A continuidade deste processo sob rigoroso monitoramento internacional demonstra o compromisso do Japão com a transparência e a segurança em sua abordagem para lidar com as consequências do desastre de Fukushima. À medida que o processo avança, a vigilância contínua e as avaliações independentes permanecerão cruciais para garantir a segurança ambiental e a confiança pública.
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