Bruxelas, Bélgica, 25 de junho de 2024 (Agência de Notícias EFE) – A União Europeia (UE) e a China estão se preparando para iniciar negociações cruciais sobre veículos elétricos esta semana, em meio a planos da UE de impor tarifas temporárias sobre os carros elétricos chineses. A medida visa proteger os fabricantes europeus, mas os líderes europeus afirmaram na segunda-feira (24) que as portas permanecem abertas para o diálogo.
Atualmente, a Comissão Europeia já aplica uma taxa de 10% sobre todos os veículos elétricos importados. No início deste mês, anunciou planos para impor tarifas adicionais de até 38,1% sobre os veículos provenientes da China, alegando que os subsídios estatais chineses para esses carros são “injustos”.
Autoridades europeias afirmaram que buscam uma “solução efetiva” nas discussões a serem realizadas em Bruxelas. No entanto, caso não seja possível chegar a um acordo, as penalidades estão programadas para entrar em vigor no início do próximo mês.
O chanceler alemão Olaf Scholz, durante um evento em Berlim, enfatizou a necessidade de ver “movimentos sérios e progresso” por parte da China nas negociações.
Por outro lado, representantes do Ministério do Comércio da China argumentam que os fabricantes de automóveis domésticos têm feito “o seu melhor” para cooperar. Ainda assim, consideram as taxas europeias como “punitivas”.
He Yadong, porta-voz do ministério, declarou: “As práticas relevantes do lado europeu carecem de base factual e legal, desconsideram as regras da OMC e minam a concorrência justa, a transformação verde global e a cooperação aberta.”
O cenário se complica ainda mais com o anúncio recente da administração Biden nos Estados Unidos, que planeja quadruplicar as tarifas sobre veículos elétricos fabricados na China para 100%. Analistas sugerem que os negociadores chineses precisarão estar dispostos a fazer concessões significativas ao se sentarem à mesa de negociações na Europa.
As negociações previstas para esta semana serão cruciais para determinar o futuro do comércio de veículos elétricos entre a UE e a China, com implicações potenciais para o mercado global de automóveis e os esforços de transição para energia limpa.
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