Cabul, Afeganistão, 1 de junho de 2024 (Agência de Notícias AP) – O governo interino do Talibã no Afeganistão anunciou que pretende fortalecer as relações econômicas com a China, sob a iniciativa Cinturão e Rota de Pequim. A medida surge enquanto a economia afegã continua em crise desde que o grupo islâmico retomou o poder há três anos.
Um porta-voz do ministério do comércio do Talibã, Akhoundzada Abdul Salam Jawad, expressou uma forte intenção de aumentar os laços comerciais com Pequim em entrevista à NHK. “Temos discutido a iniciativa Cinturão e Rota com nossos colegas chineses”, disse ele. “Isso é muito significativo, pois podemos exportar mercadorias para a China e para o mundo inteiro através deste quadro.”
Jawad afirmou que o governo interino planeja construir uma nova rota comercial entre o norte do Afeganistão e a China, além de promover a exportação de petróleo e recursos minerais produzidos no Afeganistão.
O porta-voz também mencionou que o Afeganistão fortalecerá a cooperação com seus vizinhos da Ásia Central, como Turcomenistão e Cazaquistão. Segundo ele, os três países planejam construir um grande centro logístico no oeste do Afeganistão, conectando a Ásia Central e do Sul. “Todos os países precisam do Afeganistão como sua rota de trânsito mais curta para o comércio”, afirmou Jawad. “Isso é importante para nós, pois queremos criar empregos para nossos cidadãos.”
A economia do Afeganistão permanece estagnada, sem nenhum país reconhecendo oficialmente o governo interino do Talibã desde que tomou o poder em 2021. Os Estados Unidos continuam a congelar as reservas do banco central do país.
Este movimento do Talibã em direção à China e seus vizinhos da Ásia Central reflete uma tentativa de revitalizar a economia afegã através do aumento do comércio e da cooperação regional.
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