Taipei, Taiwan, 24 de junho de 2024 (Agência de Notícias Xinhua) – O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, declarou que a China “não tem direito de punir” os taiwaneses por suas opiniões. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (24), em resposta às novas diretrizes chinesas que preveem punições criminais para ações de “separatistas ferrenhos pela independência de Taiwan”.
As diretrizes, anunciadas na última sexta-feira (21), estipulam que pessoas que causem graves danos ao estado e ao povo podem ser sentenciadas à morte. Lai enfatizou que a democracia não é um crime, mas que a autocracia é o verdadeiro mal.
O presidente taiwanês criticou a tentativa de Pequim de perseguir judicialmente cidadãos taiwaneses além de suas fronteiras e pediu que a China concorde em manter um diálogo com seu governo. “Ter trocas e diálogo com o governo legítimo escolhido pelos eleitores taiwaneses é o caminho certo para promover o bem-estar das pessoas em ambos os lados do Estreito de Taiwan”, afirmou Lai.
Ele alertou que as relações entre Taiwan e China se tornarão mais distantes se não houver um esforço para o diálogo. As novas diretrizes chinesas foram vistas como uma escalada nas tensões entre os dois países, que já enfrentam um relacionamento conturbado devido às questões de soberania e independência.
O presidente Lai Ching-te reiterou a importância de proteger a liberdade de expressão e os direitos democráticos dos taiwaneses, destacando que qualquer tentativa de repressão por parte da China será firmemente contestada. As autoridades taiwanesas continuam a monitorar a situação e a buscar apoio internacional para garantir a segurança e a autonomia de Taiwan.
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