Okinawa relembra 79 anos da Batalha que encerrou a Guerra.

Naha, Okinawa, Japão, 23 de junho de 2024 – A prefeitura de Okinawa, no sul do Japão, realizou neste domingo (23) uma cerimônia para marcar o 79º aniversário do fim da Batalha de Okinawa, um dos confrontos terrestres mais ferozes da Segunda Guerra Mundial.

O evento ocorreu no Parque Memorial da Paz, na cidade de Itoman, local onde se desenrolou a etapa final da batalha. Durante a cerimônia, os participantes observaram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

O primeiro-ministro Fumio Kishida, presente no ato, declarou: “Prometo a todas as vítimas de Okinawa que estamos determinados a nunca mais permitir as devastações da guerra e a nos esforçar para alcançar um mundo onde todos possam viver em felicidade e paz”.

A Batalha de Okinawa, que se estendeu de março a junho de 1945, resultou na morte de mais de 200 mil pessoas, incluindo cerca de um quarto da população civil da ilha. O dia 23 de junho de 1945 é reconhecido em Okinawa como o último dia de combate organizado entre as forças imperiais japonesas e as tropas lideradas pelos Estados Unidos.

Este ano, 181 novos nomes foram adicionados à lista de vítimas da guerra inscritas nos monumentos do parque, elevando o total para 242.225.

Um think tank baseado em Okinawa sugere que o número de residentes que vivenciaram a guerra agora representa menos de 10% da população da prefeitura. Esse dado ressalta a importância de encontrar novas formas de transmitir as realidades da batalha para as gerações mais jovens, uma vez que o número de sobreviventes capazes de descrever suas experiências em primeira mão está diminuindo.

Apesar das esperanças de paz, Okinawa ainda abriga cerca de 70% das bases militares dos EUA no Japão. O governo central japonês tem avançado com planos para fortalecer as capacidades de defesa nas ilhas do sudoeste, incluindo Okinawa, o que tem gerado preocupações entre os moradores locais sobre o possível envolvimento da região em futuros conflitos.

O aniversário da Batalha de Okinawa serve como um lembrete poderoso dos horrores da guerra e da importância contínua da busca pela paz.