Kanazawa, Ishikawa, Japão, 30 de junho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Seis meses após o devastador terremoto de Ano Novo que atingiu a Península de Noto, na costa do Mar do Japão, a região ainda enfrenta desafios significativos para restaurar suas redes de telefonia móvel. O desastre danificou quase 60% dos cabos das estações base, superando em gravidade os danos causados por catástrofes anteriores.
O tremor isolou mais de 3.300 pessoas em até 24 áreas na prefeitura central de Ishikawa. Tomotaka Yamashita, líder comunitário em uma área montanhosa da cidade de Wajima, relatou que deslizamentos de terra bloquearam todas as três estradas de acesso, deixando os residentes sem meios de comunicação para pedir ajuda.
Um levantamento do Ministério das Comunicações revelou que 57% dos cabos foram inutilizados por deslizamentos de terra ou outros problemas, uma situação muito pior que a do terremoto e tsunami de 2011 no nordeste do Japão.
O professor Isao Nakamura, da Universidade Toyo, destaca a importância crescente das telecomunicações para a vida cotidiana e funções administrativas, enfatizando a necessidade de manter canais de informação contínuos e confiáveis.
Como solução temporária, a rede de comunicação por satélite americana Starlink foi instalada em abrigos de evacuação. Mais de 600 dispositivos, incluindo antenas de recepção, foram emprestados pela empresa americana e pelo governo japonês.
O Ministério das Comunicações planeja melhorar as fontes de energia de emergência nas principais estações base e estabelecer conexões via satélite entre as estações em caso de corte de cabos de energia. Além disso, está desenvolvendo um sistema para garantir comunicações seguras para os moradores durante desastres.
Esta situação em Noto destaca a vulnerabilidade das infraestruturas de comunicação em áreas propensas a desastres naturais e a importância de desenvolver sistemas mais resilientes para enfrentar futuros desafios.
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