Meca, Arábia Saudita, 21 de junho de 2024 – Agência de Notícias Reuters – Mais de 500 muçulmanos teriam morrido devido ao calor extremo durante a peregrinação anual do Hajj, atualmente em andamento na Arábia Saudita.
A cada ano, cerca de dois milhões de peregrinos de todo o mundo visitam os locais sagrados em Meca, no oeste da Arábia Saudita. Eles caminham dia e noite por vários dias em Meca e áreas circunvizinhas.
O Hajj deste ano tem sido realizado em condições climáticas extremamente quentes, com temperaturas em Meca ultrapassando os 50 graus Celsius.
A Reuters e outros veículos de comunicação relatam que muitos dos mais de 500 peregrinos que morreram durante o Hajj aparentemente sofreram de insolação.
O governo da Arábia Saudita ainda não divulgou um número oficial de mortes.
O número de vítimas provavelmente aumentará, pois autoridades de saúde sauditas informam que mais de 2.700 pessoas relataram sintomas de insolação e receberam tratamento médico até segunda-feira (17).
Esta tragédia destaca os perigos crescentes associados a eventos de calor extremo, que estão se tornando mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas globais. A peregrinação do Hajj, um dos pilares do Islã, atrai milhões de fiéis todos os anos, muitos dos quais são idosos ou têm condições de saúde preexistentes, tornando-os particularmente vulneráveis ao calor extremo.
As autoridades sauditas têm implementado medidas de segurança e saúde nos últimos anos para proteger os peregrinos, incluindo a instalação de sistemas de nebulização e a distribuição de guarda-sóis. No entanto, este incidente levanta questões sobre a adequação dessas medidas diante de temperaturas cada vez mais extremas.
Especialistas em saúde pública e líderes religiosos estão agora discutindo possíveis mudanças no calendário do Hajj, tradicionalmente determinado pelo calendário lunar islâmico, para evitar os meses mais quentes do ano.
A comunidade internacional expressou suas condolências às famílias das vítimas e ofereceu assistência à Arábia Saudita para lidar com a crise. Enquanto isso, os peregrinos que continuam sua jornada estão sendo aconselhados a tomar precauções extras, beber muita água e procurar abrigo durante as horas mais quentes do dia.
Este evento trágico serve como um lembrete sombrio dos desafios que as mudanças climáticas apresentam não apenas para eventos religiosos em grande escala, mas para comunidades em todo o mundo que enfrentam temperaturas cada vez mais extremas.
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