Julian Assange retorna à Austrália após acordo nos EUA

Camberra, Austrália, 27 de junho de 2024 (Agência Australian Associated Press) – Julian Assange, fundador do WikiLeaks, retornou à Austrália nesta quarta-feira (26) após se declarar culpado de violar uma lei anti-espionagem dos Estados Unidos em um acordo judicial que o libertou.

Um avião transportando Assange pousou no aeroporto da capital australiana, Camberra, onde foi recebido com aplausos por seus apoiadores. O ativista foi visto abraçando sua esposa, Stella, e seu pai em um momento emocionante de reencontro.

As autoridades americanas haviam indiciado Assange por seu envolvimento no acesso ilegal a registros confidenciais do governo dos EUA e sua publicação na internet em 2010, entre outras acusações. Desde 2019, ele estava preso no Reino Unido devido a um incidente separado, lutando contra um pedido de extradição dos Estados Unidos.

Assange compareceu a um tribunal no território americano de Saipan na quarta-feira (26) e se declarou culpado. Em troca, o tribunal determinou que ele não precisaria cumprir tempo adicional de prisão e permitiu seu retorno à Austrália.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, que vinha buscando a libertação de Assange, celebrou seu retorno. “Independentemente do que você pense sobre suas atividades, o caso do Sr. Assange se arrastou por tempo demais”, declarou Albanese aos repórteres.

O premiê acrescentou: “Eu defendi clara e consistentemente, em todas as oportunidades e em todos os níveis, que o caso do Sr. Assange fosse concluído. Estou muito satisfeito que esta saga tenha terminado”.

Este desfecho marca o fim de uma longa batalha legal que levantou questões sobre liberdade de imprensa e segurança nacional. O retorno de Assange à Austrália encerra um capítulo controverso, mas o debate sobre seu legado e as implicações de suas ações para o jornalismo investigativo e a transparência governamental certamente continuará.