Japão Tem Maior Taxa de Mulheres Sem Filhos na OCDE

Tóquio, Japão, 22 de junho de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou que o Japão possui a maior taxa de mulheres sem filhos entre os países membros da organização. O documento, divulgado na quinta-feira (20), indica que 28,3% das mulheres japonesas nascidas em 1975 são “permanentemente sem filhos”.

Em contraste, Portugal apresentou a menor taxa, com 8,9%, seguido pelos Estados Unidos, com 10,3%. A taxa de fertilidade total entre os 38 países membros da OCDE foi, em média, de 1,51 em 2022, enquanto a taxa do Japão foi de 1,26. Este índice representa o número de filhos que uma mulher tem ao longo de sua vida.

O relatório aponta que as dificuldades dos jovens em se tornarem financeiramente independentes é um dos fatores que levam à escolha de não ter filhos. A OCDE enfatiza a importância de um suporte familiar abrangente para ajudar a melhorar as taxas de fertilidade.

A situação demográfica do Japão é uma preocupação crescente, com implicações significativas para a economia e a estrutura social do país. O governo japonês tem implementado várias políticas para incentivar a natalidade, mas os desafios econômicos e sociais continuam a influenciar as decisões das famílias.

Especialistas sugerem que medidas adicionais, como apoio financeiro direto, políticas de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, e melhorias no acesso a serviços de cuidado infantil, são essenciais para reverter essa tendência.

A questão da baixa taxa de fertilidade e do aumento do número de mulheres sem filhos no Japão reflete uma mudança nas prioridades e nas condições de vida das novas gerações, destacando a necessidade de políticas públicas adaptadas às realidades contemporâneas.

O relatório da OCDE serve como um alerta para a necessidade urgente de ações coordenadas e eficazes para enfrentar os desafios demográficos e garantir um futuro sustentável para o Japão.