Manila, Filipinas, 25 de junho de 2024 (Agência de Notícias Phillstar) – O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., reiterou seu desejo de uma solução pacífica para os conflitos com a China no Mar do Sul da China, mas enfatizou que seu país não recuará diante das disputas territoriais.
Durante uma visita às tropas estacionadas na província ocidental de Palawan no domingo (23), Marcos Jr. declarou: “Não estamos no negócio de instigar guerras… mas, ao mesmo tempo, mantemos nossa posição firme”. O presidente acrescentou que a calma e a disposição pacífica das Filipinas não devem ser confundidas com aquiescência.
Na ocasião, Marcos Jr. condecorou soldados envolvidos em um incidente com a guarda costeira chinesa em 17 de junho no banco Second Thomas. Manila afirma que o recife está dentro de sua zona econômica exclusiva, mas Pequim também o reivindica.
O incidente resultou em ferimentos graves a um soldado filipino quando forças chinesas interceptaram e interromperam uma missão de reabastecimento a um posto militar filipino – um navio encalhado no Segundo Banco de Thomas. A China defendeu suas ações, alegando serem medidas necessárias para salvaguardar sua soberania.
Em resposta, o ministro da Defesa das Filipinas classificou o incidente como um uso ilegal da força na segunda-feira (24). Esta declaração marca uma mudança na postura do governo, que inicialmente havia sugerido que o episódio poderia ter sido resultado de um mal-entendido ou acidente.
Anteriormente, o Secretário Executivo das Filipinas havia proposto anunciar antecipadamente o cronograma de reabastecimento do posto militar, uma medida que observadores interpretaram como uma concessão às demandas de Pequim. No entanto, o ministro da Defesa confirmou que o presidente rejeitou esse plano.
A situação no Mar do Sul da China continua tensa, com ambos os países reivindicando soberania sobre diversas ilhas e recifes na região. As Filipinas buscam equilibrar a defesa de seus interesses territoriais com a manutenção de relações diplomáticas estáveis com a China, um importante parceiro econômico.
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