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Coreia do Norte e Rússia assinam tratado de assistência militar mútua

Novo acordo prevê apoio militar em caso de agressão contra qualquer uma das partes.

Pyongyang, Coreia do Norte, 21 de junho de 2024 – Agência de Notícias Reuters – A Coreia do Norte divulgou o texto completo do novo tratado com a Rússia, que inclui uma promessa de assistência militar mútua caso uma das partes enfrente agressão armada. O líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente russo Vladimir Putin assinaram o tratado de parceria estratégica abrangente na quarta-feira (19), após realizarem conversações de cúpula em Pyongyang.

A Agência Central de Notícias da Coreia, controlada pelo estado, relatou o conteúdo do tratado, que compreende 23 artigos, na quinta-feira (20).

O Artigo 4 estipula que, se qualquer uma das partes for invadida e colocada em estado de guerra, a outra implantará todos os meios à sua disposição para fornecer assistência militar e de outra natureza, sem demora. O texto afirma que isso será realizado de acordo com as leis domésticas e a carta das Nações Unidas, que reconhece o direito inerente dos estados membros à autodefesa individual ou coletiva.

O Artigo 3 estabelece que, quando uma das partes enfrentar uma ameaça direta de possível agressão militar, os dois países realizarão imediatamente discussões sobre medidas práticas para remover a ameaça.

Já o Artigo 8 determina que os dois países estabelecerão um sistema para tomar medidas conjuntas com o objetivo de fortalecer as capacidades de defesa para prevenir guerras e garantir a paz e a segurança regional e internacional.

Durante a coletiva de imprensa conjunta na quarta-feira (19), Kim declarou que as relações entre os dois países haviam atingido o nível de uma aliança. Esta afirmação ressalta a importância estratégica do acordo para ambas as nações.

O tratado marca uma significativa aproximação entre Pyongyang e Moscou, levantando preocupações na comunidade internacional sobre o equilíbrio de poder na região. Analistas apontam que esta aliança pode ter implicações profundas para a dinâmica geopolítica no nordeste asiático e além.

Observadores internacionais destacam que o acordo pode ser visto como uma resposta às crescentes tensões com o Ocidente, particularmente os Estados Unidos. A comunidade diplomática global agora aguarda para ver como este novo pacto influenciará as relações internacionais e os esforços de desnuclearização na península coreana.

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