Naha, Okinawa, Japão, 29 de junho de 2024 (Agência Kyodo) – Promotores da prefeitura de Okinawa, no sul do Japão, acusaram um fuzileiro naval dos Estados Unidos de tentar agredir sexualmente uma mulher e feri-la. A notícia surge três dias após outro caso envolvendo pessoal militar dos EUA vir à tona.
O cabo Jamel Clayton, de 21 anos, foi indiciado pelo incidente ocorrido em 26 de maio. Segundo os promotores, a vítima resistiu e o suspeito fugiu, mas foi detido pela polícia fora de uma base militar americana após uma denúncia.
O governo da prefeitura protestou junto às forças dos EUA no Japão pelo atraso na notificação do incidente, alegando que isso causa preocupação para as pessoas forçadas a viver próximas às bases americanas em Okinawa.
Cerca de 70% das instalações militares dos EUA no Japão estão concentradas em Okinawa, e as comunidades locais têm testemunhado diversos incidentes envolvendo pessoal americano.
O governador de Okinawa, Denny Tamaki, declarou que o crime é imperdoável, pois causa grave ansiedade aos residentes e desrespeita os direitos humanos e a dignidade das mulheres. Ele expressou profunda indignação e afirmou que a prefeitura solicitará às autoridades militares dos EUA medidas para prevenir a recorrência desses incidentes.
Os Fuzileiros Navais em Okinawa informaram à NHK que estão cooperando com os procedimentos judiciais e enfatizaram que o comportamento do suspeito não reflete os valores da instituição nem representa a conduta da grande maioria do pessoal em Okinawa.
Este incidente ressalta as tensões contínuas entre a população local de Okinawa e a presença militar dos EUA, destacando a necessidade de melhorias na comunicação e na prevenção de crimes para manter relações harmoniosas entre as comunidades.
- Foguete H3 do Japão coloca satélite em órbita com sucesso - 2 de julho de 2024 5:21 am
- Seis meses após terremoto, Japão enfrenta desafios na reconstrução - 2 de julho de 2024 5:16 am
- Suprema Corte dos EUA concede imunidade a Trump - 2 de julho de 2024 5:09 am