22.9 C
Kóka
terça-feira, 2024/07/02  5:23
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Casos de agressão sexual por militares dos EUA aumentam em Okinawa

Autoridades japonesas protestam contra atrasos na notificação de incidentes.

Naha, Okinawa, Japão, 29 de junho de 2024 (Agência Kyodo) – Promotores da prefeitura de Okinawa, no sul do Japão, acusaram um fuzileiro naval dos Estados Unidos de tentar agredir sexualmente uma mulher e feri-la. A notícia surge três dias após outro caso envolvendo pessoal militar dos EUA vir à tona.

O cabo Jamel Clayton, de 21 anos, foi indiciado pelo incidente ocorrido em 26 de maio. Segundo os promotores, a vítima resistiu e o suspeito fugiu, mas foi detido pela polícia fora de uma base militar americana após uma denúncia.

O governo da prefeitura protestou junto às forças dos EUA no Japão pelo atraso na notificação do incidente, alegando que isso causa preocupação para as pessoas forçadas a viver próximas às bases americanas em Okinawa.

Cerca de 70% das instalações militares dos EUA no Japão estão concentradas em Okinawa, e as comunidades locais têm testemunhado diversos incidentes envolvendo pessoal americano.

O governador de Okinawa, Denny Tamaki, declarou que o crime é imperdoável, pois causa grave ansiedade aos residentes e desrespeita os direitos humanos e a dignidade das mulheres. Ele expressou profunda indignação e afirmou que a prefeitura solicitará às autoridades militares dos EUA medidas para prevenir a recorrência desses incidentes.

Os Fuzileiros Navais em Okinawa informaram à NHK que estão cooperando com os procedimentos judiciais e enfatizaram que o comportamento do suspeito não reflete os valores da instituição nem representa a conduta da grande maioria do pessoal em Okinawa.

Este incidente ressalta as tensões contínuas entre a população local de Okinawa e a presença militar dos EUA, destacando a necessidade de melhorias na comunicação e na prevenção de crimes para manter relações harmoniosas entre as comunidades.