Brasília, DF, Brasil, 17 de junho de 2024 (Agência de Notícias Brasil) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou-se a comparecer à Cúpula da Paz na Ucrânia, programada para os dias 15 e 16 de junho, na Suíça. Lula foi convidado para o evento presencial tanto pelo chanceler suíço, Ignacio Cassis, quanto pelo presidente ucraniano, Volodymir Zelensky.
Como um dos principais líderes do Sul Global, Lula foi fortemente cortejado pelos suíços, que buscavam a presença de importantes líderes de nações em desenvolvimento para tentar reverter a tendência desses países em se alinhar à Rússia. O Brasil, sob a liderança de Lula, tem se aproximado cada vez mais do presidente russo, Vladimir Putin.
Zelensky, por sua vez, tem procurado se aproximar de presidentes da América Latina, África e Ásia, na tentativa de obter apoio internacional para a causa ucraniana. O chanceler suíço Cassis destacou a importância do Brasil e a influência de Lula entre as nações em desenvolvimento ao insistir na sua presença no encontro.
Entre os convidados da cúpula estão países como China e África do Sul, além de outras dezenas de nações. A Rússia, no entanto, foi excluída do evento, por ter invadido a Ucrânia.
Na avaliação de Lula e do Itamaraty, a participação do líder brasileiro em uma cúpula que não envolve ambos os lados do conflito não faria sentido. A diplomacia brasileira tem insistido na necessidade de negociações para a paz, mas com uma postura que muitas vezes é vista como favorável aos interesses russos.
Lula já fez várias declarações controversas sobre o conflito na Ucrânia, incluindo uma em que sugeriu que o governo de Kiev, vítima da invasão, também era responsável pela guerra. Em outra ocasião, afirmou que o apoio ocidental aos ucranianos estava apenas prolongando o conflito, ecoando a narrativa do Kremlin.
A Suíça informou que mais de 100 países participaram da cúpula.
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