Atiradores matam 15 policiais em Dagestão, Rússia.

Makhachkala, Dagestão, Rússia, 24 de junho de 2024 (Agência de Notícias Tass) – Pelo menos 15 policiais foram mortos em uma série de ataques coordenados realizados por homens armados na república russa de Dagestão, no sul do país. Os ataques ocorreram no domingo (23) e tiveram como alvos duas igrejas ortodoxas, uma sinagoga e um posto policial nas cidades de Derbent e Makhachkala.

De acordo com a agência de notícias russa RIA Novosti, os ataques resultaram na morte de um padre ortodoxo e seis policiais. A situação foi descrita como um ato de terrorismo pelo Comitê Nacional Antiterrorismo da Rússia. Além dos policiais, vários civis também foram mortos, incluindo um guarda de segurança de uma igreja em Makhachkala.

Os ataques começaram quase simultaneamente, com homens armados disparando contra uma sinagoga e uma igreja em Derbent, uma cidade localizada no Mar Cáspio. A sinagoga foi incendiada, e imagens de vídeo mostram fumaça saindo do edifício em chamas. Em Makhachkala, a capital da região predominantemente muçulmana, um posto policial foi atacado, resultando na morte de seis policiais e ferindo outros 12.

O governador de Dagestão, Sergei Melikov, confirmou que seis dos agressores foram mortos e que a situação está sob controle das autoridades locais. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelos ataques. O Comitê Investigativo da Rússia abriu uma investigação sobre os incidentes, que são considerados atos terroristas.

Dagestão tem uma população majoritariamente muçulmana e tem sido palco de operações antiterroristas frequentes. Em outubro passado, manifestantes que se opunham à ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza invadiram um aeroporto no Dagestão quando um avião de passageiros chegou de Israel. As autoridades russas têm realizado operações de contraterrorismo na região e detiveram extremistas islâmicos após um ataque terrorista em uma sala de concertos nos arredores de Moscou em março.

A situação em Dagestão continua tensa, com as autoridades locais em alerta máximo para prevenir novos ataques e garantir a segurança da população.