Kiev, Ucrânia, 19 de maio de 2024 — Em resposta a uma aguda escassez de soldados, a Ucrânia endureceu suas leis de mobilização, exigindo que homens entre 18 e 60 anos registrem seu endereço e outras informações pessoais com o exército dentro de um prazo de 60 dias. Esta medida, que entrou em vigor no sábado, visa evitar a evasão do serviço militar, especialmente após a redução da idade mínima de mobilização de 27 para 25 anos no mês passado.
Desde a invasão russa, homens ucranianos nessa faixa etária estão proibidos de deixar o país. A lei atual é uma tentativa de garantir que todos os homens elegíveis estejam devidamente registrados e disponíveis para convocação, em um momento em que o país enfrenta desafios significativos para manter seu efetivo militar.
Uma pesquisa conduzida por um meio de comunicação independente entre janeiro e fevereiro revelou que 18% dos homens ucranianos entre 18 e 55 anos acreditam que a mobilização é desnecessária, enquanto mais de 80% consideram necessária, mas exigem que seja realizada de forma justa. Cerca de 30% dos entrevistados se declararam prontos para servir, se convocados, enquanto quase metade afirmou não estar disposta.
Em meio a essas tensões, há um fluxo contínuo de tentativas ilegais de deixar o país para evitar a mobilização. Muitos ucranianos têm recorrido a corretores para fugir para países vizinhos, enfrentando condições extremas. Algumas dessas tentativas resultaram em mortes, com pessoas tentando atravessar rios e passar por montanhas íngremes.
A Radio Free Europe relatou que, desde o início da invasão russa, cerca de 11.000 homens ucranianos em idade de serviço militar entraram ilegalmente na Romênia, de acordo com a polícia de fronteira romena.
Estas novas medidas de mobilização refletem a urgência e a gravidade da situação enfrentada pela Ucrânia, que continua lutando para manter uma força militar adequada em meio ao conflito com a Rússia.
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