Novas imagens revelam Quartel-General da Segunda Guerra Mundial sob Castelo de Shuri em Okinawa

Okinawa, Japão, 23 de maio de 2024 (NHK) – Novas imagens foram divulgadas dos quartéis-generais subterrâneos construídos pelo agora extinto exército imperial japonês sob o Castelo de Shuri, na província de Okinawa, no sul do Japão. Acredita-se que foi nesse local que, há 79 anos, uma decisão levou a inúmeras baixas civis.

O governo da província de Okinawa está investigando as trincheiras onde o comando do 32º Exército estava localizado durante a Batalha de Okinawa. Um em cada quatro residentes locais foi morto na batalha de 1945.

Após a liberação de imagens da área chamada Túnel Nº 5 há quatro anos, uma equipe de filmagem foi autorizada a registrar os túneis Nº 2 e Nº 3. As novas imagens foram divulgadas na quarta-feira (22).

O Túnel Nº 3 está localizado a cerca de 13 metros de profundidade, próximo ao portão Shurei-mon, visitado por muitos turistas. Acredita-se que abrigava instalações como o escritório do oficial comandante, Ushijima Mitsuru.

Oficiais do 32º Exército, enfrentando dificuldades à medida que as forças dos Estados Unidos avançavam para o sul, tiveram que escolher entre lançar uma batalha decisiva perto do quartel-general ou recuar para o sul para uma batalha de resistência. Eles decidiram recuar em (22) de maio.

Como resultado, civis que evacuaram para o sul foram apanhados na batalha.

Muitas das mortes civis na Batalha de Okinawa, que durou cerca de três meses, ocorreram no mês seguinte após a movimentação do 32º Exército para o sul.

Autoridades da província dizem que planejam reparar duas das cinco entradas para os quartéis-generais subterrâneos e abrir a instalação ao público nos anos fiscais de 2025 e 2026.

Yoshihama Shinobu, ex-professor da Universidade Internacional de Okinawa e especialista em relíquias de guerra, espera que os documentos do exército dos EUA e as notas dos oficiais superiores do 32º Exército sejam comparados para esclarecer o que foi deixado na instalação subterrânea, a fim de lançar luz sobre seu uso.

Ele afirma que, à medida que o número de pessoas que vivenciaram a guerra diminui drasticamente, espera que os quartéis-generais subterrâneos sejam preservados e abertos ao público para mostrar a transição da memória da guerra de pessoas para objetos.