Kishida pede desculpas por desconfiança pública gerada pelo LDP na política

Tóquio, Japão – 5 de Abril de 2024 – O Primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, pediu desculpas públicas por um escândalo de arrecadação de fundos envolvendo seu partido governante, o Partido Liberal Democrata (Liberal Democratic Party – LDP), que causou séria desconfiança pública na política do país.

Em uma coletiva de imprensa realizada posteriormente na quinta-feira (4), após a decisão disciplinar do comitê de ética, Kishida disse que o LDP decidiu tomar medidas punitivas do ponto de vista de esclarecer a responsabilidade política das partes envolvidas.

Ele afirmou que as medidas refletem a séria responsabilidade dos executivos da facção que são suspeitos de terem deixado sistematicamente fundos arrecadados não declarados por um longo período.

Kishida continuou dizendo que estende suas sinceras desculpas ao povo como Presidente do LDP pelos resultados negativos do escândalo que gerou dúvidas públicas e séria desconfiança na política do país.

Kishida também expressou seu compromisso em reformar a governança do LDP para evitar qualquer recorrência de escândalos de arrecadação de fundos e revisar a Lei de Controle de Fundos Políticos.

Kishida mencionou o ex-funcionário responsável pela contabilidade de sua própria facção, que foi considerado culpado, mas ele como chefe da facção em si não foi punido.

Ele disse que entende que não foi punido porque todos os fundos arrecadados em seu nome foram relatados.

Mas ele disse que, na verdade, o LDP como um todo gerou desconfiança pública na política e ele está ciente de que deve levar a sério sua própria responsabilidade como presidente.

Kishida disse que está em posição de solicitar o mandato do povo e dos membros do LDP depois que eles monitoraram o desenvolvimento de seus esforços para reformas políticas.

Quanto a possíveis medidas disciplinares contra o ex-primeiro-ministro Mori Yoshiro, que costumava liderar a facção, posteriormente liderada pelo falecido Primeiro-ministro Abe Shinzo, Kishida disse que ligou diretamente para ele e o entrevistou.

Mas Kishida disse que o LDP ainda não conseguiu confirmar se Mori estava ou não envolvido nas irregularidades da facção.