Jerusalém, Israel, 04 de abril de 2024 – A Forças Armadas de Israel anunciaram na sexta-feira (5), a demissão de dois oficiais e a repreensão de outros comandantes sêniores pelo ataque aéreo que resultou na morte de sete membros de uma organização humanitária com sede nos Estados Unidos. O anúncio foi feito após a conclusão de uma investigação sobre o incidente.
O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, afirmou: “Este trágico erro poderia e deveria ter sido evitado. O ataque a veículos de ajuda humanitária é um erro grave decorrente de falhas operacionais sérias.”
Ele acrescentou que os soldados responsáveis pelo ataque estavam certos de que estavam “atingindo o Hamas” e que os logotipos nos veículos do grupo, World Central Kitchen, não puderam ser identificados porque “não eram visíveis à noite”.
Funcionários da ONG afirmam que, embora as Forças Armadas tenham reconhecido sua responsabilidade, não podem “investigar credivelmente sua própria falha”. Eles exigem uma investigação independente.
Também na sexta-feira, trabalhadores humanitários das Nações Unidas pediram ao Conselho de Segurança que use sua “influência” para impedir violações do direito internacional humanitário.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, expressou “pesar” pelo ataque. Ele disse que Israel “nunca visa deliberadamente civis”, muito menos trabalhadores humanitários que realizam um trabalho crucial.
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, criticou a “falta de vontade” de Israel em garantir “acesso sem impedimentos” à ajuda humanitária.
O representante dos EUA, John Kelly, também expressou profunda preocupação. Ele afirmou que a política dos EUA será determinada pelas ações tomadas por Israel para enfrentar o “dano” causado aos civis.
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