Tóquio, Japão – 13 de março de 2024 – Um tribunal em Tóquio ordenou que o Estado entregue os restos mortais do falecido líder da seita Aum Shinrikyo, Asahara Shoko, à sua segunda filha.
Asahara, cujo nome real era Matsumoto Chizuo, foi executado em 2018 juntamente com seis ex-membros do culto apocalíptico que realizou o mortal ataque com gás sarin no sistema de metrô de Tóquio em 1995.
A Suprema Corte já finalizou a decisão de que a segunda filha de Matsumoto deveria tomar posse física de suas cinzas e cabelos.
No entanto, o Estado se recusou a concordar com a entrega, alegando que os restos mortais do líder da seita poderiam cair nas mãos de um grupo sucessor da Aum Shinrikyo.
A filha levou o caso à justiça para buscar a propriedade.
Na decisão de quarta-feira (13), a juíza presidente do Tribunal Distrital de Tóquio, Koike Ayumi, destacou que a conexão entre a segunda filha e o grupo sucessor não foi estabelecida, mesmo com todas as evidências examinadas.
A juíza observou que se os restos mortais fossem passar para as mãos de terceiros e prejudicar a segurança pública, isso poderia ter um impacto sério. Mas ela disse que a questão sobre se restringir a posse física deveria ser discutida no Parlamento e resolvida por legislação.
Koike acrescentou que a segunda filha busca receber os restos mortais para lamentar a morte de seu pai, e as restrições do estado à sua propriedade não podem ser justificadas.
As autoridades estavam preocupadas que os restos de Asahara pudessem se tornar objeto de culto para seus seguidores, incluindo membros da organização sucessora da Aum, Aleph.
O governo disse que tomará uma atitude apropriada após examinar cuidadosamente a decisão judicial.
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