Moscou, Rússia, 25 de março de 2024 (Reuters) – O Comitê Investigativo da Rússia anunciou que o número de mortos no tiroteio ocorrido na sexta-feira (22) em uma sala de concertos nos arredores de Moscou subiu para 137.
O Ministério da Saúde da Rússia informou que 180 pessoas foram hospitalizadas e que 142 delas estão recebendo tratamento hospitalar.
O ataque ocorreu na sexta-feira à noite na cidade de Krasnogorsk, a noroeste da capital. Homens armados abriram fogo contra os frequentadores do concerto na sala de música, e o prédio pegou fogo.
A Rússia designou 24 de março como dia de luto nacional. O presidente Vladimir Putin acendeu uma vela em uma igreja em sua residência nos arredores de Moscou no domingo para lamentar as vítimas.
A mídia estatal russa relata que Putin planeja realizar uma reunião do conselho de segurança para discutir respostas ao ataque mortal.
Autoridades russas afirmam ter detido 11 pessoas, incluindo quatro diretamente envolvidas no tiroteio. As autoridades divulgaram um vídeo mostrando os suspeitos sendo levados à sede do comitê investigativo.
A agência de notícias Amaq, ligada aos terroristas do Estado Islâmico, citou fontes dizendo que o ataque foi realizado por combatentes do grupo. Ela divulgou fotos de quatro pessoas que diz serem responsáveis pelo ataque.
Um membro sênior da câmara baixa da Assembleia Nacional da Rússia disse nas redes sociais que dois suspeitos foram detidos na região oeste da Rússia de Bryansk. Ele disse que armas, incluindo uma pistola, e passaportes do Tajiquistão foram encontrados no carro dos suspeitos.
O gabinete presidencial da Rússia afirma que Putin conversou por telefone com o presidente do Tajiquistão, Emomali Rahmon, e concordou em intensificar os esforços conjuntos de combate ao terrorismo.
Enquanto isso, referindo-se aos 11 detidos, Putin disse que eles tentaram escapar e estavam indo em direção à Ucrânia. Ele acrescentou que, segundo informações, “uma janela foi preparada para eles do lado ucraniano para atravessar a fronteira do estado.”
Um veículo de mídia independente russo relata que a mídia pró-Kremlin foi orientada pela administração do presidente russo a destacar a “pista ucraniana” nas discussões sobre o ataque à sala de concertos.
A Ucrânia negou categoricamente qualquer envolvimento no ataque. Está preocupada que a Rússia possa usar o incidente como pretexto para intensificar sua ofensiva na Ucrânia.
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