Nikki Haley desiste da corrida pela indicação do Partido Republicano

Washington DC, EUA – 7 de março de 2024 – A ex-embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, anunciou sua retirada da corrida presidencial republicana após uma série de vitórias esmagadoras de Donald Trump nas primárias, culminando no Super Tuesday. O anúncio ocorre em meio à consolidação da corrida eleitoral para uma potencial reeleição de Joe Biden.

Haley expressou gratidão pelo apoio recebido em todo o país, mas afirmou que é hora de suspender sua campanha. Em seu discurso, ela declarou: “Estou repleta de gratidão pela manifestação de apoio que recebemos de todo o nosso grande país. Mas chegou a hora de suspender minha campanha. Eu disse que queria que os americanos tivessem suas vozes ouvidas. Eu fiz isso. Não tenho arrependimentos. E embora eu não seja mais uma candidata, não deixarei de usar minha voz pelas coisas em que acredito.”

Embora tenha apoiado os indicados republicanos no passado, Haley não endossou explicitamente Trump em seu discurso em seu estado natal, Carolina do Sul. Ela afirmou que sempre apoiou o indicado do Partido Republicano, mas cabe a Trump conquistar os votos do partido.

A saída de Haley praticamente garante que o ex-presidente Trump conquiste a indicação do Partido Republicano. Ela era a última rival de Trump na corrida, conquistando apenas Vermont na Super Terça-feira.

Trump obteve 14 das 15 vitórias, incluindo Califórnia e Texas, os dois estados mais populosos do país. Em seus discursos para os apoiadores, Trump celebrou suas vitórias e atacou Biden, descrevendo-o como o pior presidente da história do país.

Enquanto isso, Biden obteve vitórias em todos os 15 estados do lado democrata, perdendo apenas no Território Americano de Samoa. Em resposta aos resultados republicanos, Biden questionou se os EUA avançarão ou permitirão que Donald Trump os arraste de volta ao caos, divisão e escuridão que definiram seu mandato.

Trump enfrenta quatro julgamentos criminais e múltiplos casos civis que podem prejudicar sua campanha. Ele pode ser obrigado a utilizar fundos eleitorais para pagar despesas legais. Pesquisas recentes sugerem que alguns apoiadores de Trump podem mudar de lado se ele for condenado nos casos criminais.

Enquanto isso, a saúde física e mental do presidente Biden, o mais velho na história dos EUA, tem sido observada de perto desde que assumiu o cargo. Alguns eleitores expressaram preocupações sobre sua capacidade de servir efetivamente outro mandato de quatro anos.