Kabul, Afeganistão, 23 de março de 2024 – O início de um novo ano escolar no Afeganistão está sendo testemunhado pela ausência de meninas nas salas de aula, à medida que os talibãs proíbem as estudantes do sexo feminino de frequentar a escola além do sexto ano. Essa medida tem provocado críticas crescentes da comunidade internacional.
Escolas em todo o Afeganistão iniciaram as aulas nesta semana para o novo ano acadêmico. Na quarta-feira (20), representantes do governo interino talibã participaram de uma cerimônia em Cabul para marcar o início das aulas.
O vice-primeiro-ministro interino, Abdul Salam Hanafi, afirmou: “A primeira prioridade é o estudo islâmico e as crenças. Depois disso, também é possível aprender ciências.”
Os talibãs têm governado o país com base em sua própria interpretação da lei islâmica desde que retomaram o poder há três anos. O grupo proibiu as mulheres de cursarem o ensino superior.
Uma menina de 14 anos que vive em Cabul expressou sua grande decepção. Ela tinha preparado uma mochila e um uniforme, esperando que os talibãs permitissem que elas se juntassem às aulas.
Ela disse: “É muito doloroso que as escolas ainda estejam fechadas para nós. Quero que as autoridades as reabram. As meninas também têm sonhos de se tornarem médicas ou engenheiras no futuro.”
A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão postou nas redes sociais, instando ao fim do que chama de uma proibição injustificável da educação das meninas.
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