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Equipe da ONU confirma que estupros ocorreram durante ataque do Hamas a Israel e contra reféns na Faixa de Gaza

Especialista da ONU lidera equipe que documenta indícios de violência sexual durante ataque do Hamas em outubro e contra reféns na Faixa de Gaza.

Nova Iorque, Estados Unidos – 6 de março de 2024 – Uma equipe de especialistas da ONU, liderada pela enviada especial para violência sexual em conflitos, Pramila Patten, divulgou na segunda-feira (4), um relatório afirmando “fundamentos razoáveis para acreditar” que ocorreram casos de violência sexual, incluindo estupro e estupro coletivo, em várias localidades durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.

A missão da equipe, que ocorreu entre 29 de janeiro e 14 de fevereiro, tinha o objetivo de coletar, analisar e verificar informações sobre a violência sexual relacionada aos ataques de outubro.

“Confiáveis informações circunstanciais, que podem indicar algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexualizada, ou tratamento cruel, desumano e degradante, também foram coletadas”, afirma o relatório de 24 páginas da ONU.

O grupo militante palestino Hamas rejeitou repetidamente as acusações de violência sexual.

Os combatentes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de 253 reféns, de acordo com estimativas israelenses. As retaliações de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza desde então teriam causado a morte de cerca de 30.000 palestinos, segundo autoridades de saúde no enclave controlado pelo Hamas.

“A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionada ao conflito e tem fundamentos razoáveis para acreditar que essa violência pode estar em curso”, disse o relatório da ONU. A equipe afirmou que uma “investigação completa” seria necessária para estabelecer a magnitude geral, abrangência e atribuição específica para a violência sexual.

A equipe da ONU afirmou ter apresentado as alegações ao Ministério da Justiça e ao Advogado-Geral Militar de Israel, que afirmaram não ter recebido reclamações de violência sexual contra membros das Forças de Defesa de Israel.

Israel tem criticado a resposta da ONU aos ataques de 7 de outubro. O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou no final do ano passado que a violência sexual cometida em 7 de outubro “deve ser vigorosamente investigada e processada”, enfatizando: “A violência de gênero deve ser condenada. Em qualquer momento. Em qualquer lugar.”

“O discurso da ONU sobre a proteção das mulheres contrasta com a realidade, pois neste momento mulheres israelenses estão sendo estupradas e abusadas por terroristas do Hamas. Onde está a voz da ONU? Onde está a sua voz?”, questionou o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, perante a Assembleia Geral da ONU na segunda-feira.

“Eles devem enfrentar uma pressão implacável para encerrar sua violência sexual e liberar imediatamente todos os reféns”, acrescentou.

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SourceReuters

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