Equipamentos danificados por terremoto em usina nuclear do Japão Central são exibidos à imprensa

Ishikawa, Japão – 8 de março de 2024 – A operadora da usina nuclear de Shika, no Japão Central, exibiu seus equipamentos danificados, pela primeira vez desde o terremoto massivo que atingiu a instalação em 1º de janeiro.

Autoridades da Hokuriku Electric Power Company convidaram repórteres para a usina nuclear na Prefeitura de Ishikawa na quinta-feira (7).

A usina sofreu um tremor equivalente a uma intensidade superior a 5 na escala sísmica japonesa de 0 a 7 no segundo subsolo do prédio do reator No.1.

O terremoto danificou tubulações e outras partes de um transformador para o reator No.2, causando o vazamento de cerca de 19.800 litros de óleo, com parte indo parar no mar. O dano deixou dois dos cinco cabos de energia inutilizáveis.

A Hokuriku Electric Power disse que os trabalhos de reparo estão em andamento, mas a empresa não definiu um cronograma para a restauração, pois está realizando inspeções adicionais.

No entanto, a empresa afirmou que o fornecimento de eletricidade para as piscinas de combustível gasto e outras instalações-chave está seguro, pois possui geradores de emergência e outras fontes de energia.

Os funcionários da empresa também mostraram à imprensa o transformador do reator No.1 danificado pelo terremoto. Eles explicaram que o equipamento foi temporariamente restaurado no mês passado.

A usina nuclear tem enfrentado uma série de problemas desde o terremoto. Um de seus seis geradores a diesel de emergência parou automaticamente durante um teste.

O oficial sênior da empresa, Nakata Mutsuhiro, disse que a operadora revisou as informações para o público repetidamente durante a confusão após o desastre. Uma resposta inicial foi um desafio sério para a empresa.

Ele acrescentou que esforços precisam ser feitos para resolver problemas e conduzir treinamentos para melhorar a resposta a desastres.

Os dois reatores estão desligados desde 2011. O reator No.2 está passando por inspeções para a reinicialização.

Mas o processo deve levar anos, já que o regulador nuclear do país planeja refletir descobertas adicionais, como o mecanismo do terremoto mais recente e sua atividade de falhas geológicas.