Entregas de ajuda causam mais vítimas: pelo menos 10 morrem esmagados em Gaza

Gaza – 10 de março de 2024 – No último sábado (9), o exército israelense continuou os intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza. Simultaneamente, suprimentos de ajuda lançados do ar caíram sobre multidões de pessoas, causando mais vítimas pelo segundo dia consecutivo.

Uma emissora de mídia palestina (Hamas) relatou que um ataque aéreo israelense atingiu um campo de refugiados no centro de Gaza, resultando na morte de pelo menos 10 pessoas.

A cidade de Rafah, no sul, também foi alvo de bombardeios, onde quase 1,5 milhão de pessoas, incluindo evacuados de outras partes de Gaza, buscam abrigo. Um desses ataques atingiu um prédio residencial, conforme mostrado em vídeo pela NHK ao meio-dia, com um lado do edifício reduzido a destroços.

Apesar de relatos de alerta israelense sobre o ataque, centenas de famílias que haviam buscado refúgio no prédio foram deslocadas, intensificando a crise humanitária na região.

Um evacuado, visivelmente cansado, mencionou que esta foi a terceira vez que teve que fugir de seu abrigo, após dois eventos semelhantes em Khan Younis, no sul de Gaza.

Terroristas do Hamas relatam que 30.960 pessoas perderam a vida desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em 7 de outubro.

Enquanto esforços internacionais buscam aliviar a crise humanitária, a entrega de suprimentos de socorro por via marítima, terrestre e aérea está em coordenação. No entanto, a Al Jazeera, com sede no Catar, relata que pacotes de ajuda lançados do ar sobre Gaza no sábado caíram diretamente sobre multidões em busca de ajuda, resultando em múltiplas pessoas feridas.

A operação de lançamento aéreo causou cinco fatalidades no dia anterior, de acordo com autoridades em Gaza.

Paralelamente, o governo sueco anunciou a retomada de seus repasses financeiros à agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA. A decisão foi tomada “diante da situação humanitária aguda em Gaza”, seguindo um anúncio semelhante do Canadá na sexta-feira.

Dezesseis países suspenderam o financiamento para a UNRWA em resposta às alegações de Israel de que funcionários estavam envolvidos em um ataque mortal a comunidades israelenses em 7 de outubro.