Rússia, Moscou, 24 de março de 2024 – O suposto ataque terrorista do Estado Islâmico (EI) na Rússia deixou centenas de mortos e feridos em uma casa de shows em Moscou, na sexta-feira (22).
Segundo autoridades russa, o atentado foi realizado pelo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K, ou ISIS-K em inglês), um braço afegão do grupo terrorista muçulmano. Ao menos cinco homens armados invadiram o local enquanto a banda Picnic se preparava para se apresentar, de acordo com governo russo.
Neste sábado (23), o Estado Islâmico disse que o ataque é parte de uma “guerra violenta” contra países que combatem o islã. A Rússia é considerada inimiga do Estado Islâmico porque o governo de Vladimir Putin apoia o ditador da Síria, Bashar Al-Assad, que expulsou a organização terrorista do território sírio.
Neste sábado (23), inclusive, faz cinco anos que o Estado Islâmico perdeu o seu último território na Síria, a vila de Al-Baghouz. Na ocasião, as Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos Estados Unidos, assumiram o controle do local.
Em seu auge, o Estado Islâmico chegou a governar quase 8 milhões de pessoas na Síria e no Iraque, ganhando bilhões de dólares com a exploração de petróleo e usando esses territórios como base para atacar outros países.
O EI-Khorasan surgiu meses depois de o Estado Islâmico declarar um califado no Iraque e na Síria, em 2014, quando combatentes que saíram do talibã paquistanês se uniram aos militantes no Afeganistão para formar um braço regional.
O grupo foi reconhecido formalmente pelo comando central do EI no ano seguinte à sua instalação no nordeste do Afeganistão, nas províncias de Kunar, de Nangarhar e do Nuristão. Também estabeleceu células em outras áreas do Paquistão e do Afeganistão, incluindo Cabul, segundo monitores da ONU.
O EI-K reivindicou alguns dos ataques mais violentos nos últimos anos no Afeganistão e no Paquistão, deixando marcas profundas nas províncias onde está presente. Apesar de não ter conseguido controlar nenhum território na região, sofreu grandes perdas nas operações militares talibãs e americanas.
Embora compartilhem a mesma ideologia islâmica sunita, o EI-Khorasan e os talibãs são rivais e divergem em temas de religião e estratégia. Cada um diz representar a verdadeira bandeira da Jihad. Essas divergências provocaram confrontos sangrentos, com os talibãs geralmente saindo vitoriosos.
O ataque em Moscou levanta questões sobre a segurança internacional e a persistência do terrorismo global, enquanto autoridades e analistas debatem se foi um ato isolado ou parte de uma série coordenada de ataques do EI.
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