Jerusalém, Israel, 6 de março de 2024 – O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu revogou a proposta de restrições ao acesso ao Monte do Templo durante o Ramadã, anunciando que o número de fiéis permitidos será mantido nos mesmos níveis dos anos anteriores. A decisão ocorre em meio a sérias preocupações sobre possíveis provocações do Hamas e do Irã no local sagrado durante o mês muçulmano do Ramadã, que terá início em 10 ou 11 de março.
O escritório do primeiro-ministro afirmou que uma “avaliação situacional em torno da segurança” será realizada semanalmente, e as decisões serão tomadas conforme necessário. Netanyahu assegurou que a “santidade do feriado do Ramadã será preservada este ano, como é feito todos os anos”, rejeitando assim as restrições propostas pelo ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, incluindo o acesso de árabes israelenses ao Monte do Templo.
Este Ramadã ocorre em meio a tensões decorrentes da guerra contínua contra o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque surpresa do grupo em 7 de outubro, quando milhares de terroristas invadiram o sul de Israel, resultando em cerca de 1.200 mortes e 253 reféns.
As tensões internas aumentaram devido a divergências na abordagem do acesso ao Monte do Templo. O local é o mais sagrado no judaísmo, com dois Templos bíblicos outrora erguidos, e a Mesquita de Al-Aqsa que é o terceiro local mais sagrado no Islã, tornando-se um ponto central do conflito israelo-árabe.
Oficiais expressaram preocupações de que este período sensível possa amplificar as tensões decorrentes da guerra em Gaza, gerando indignação muçulmana em todo o mundo contra Israel.
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