Fukushima, Japão – 24 de fevereiro de 2024 – Neste sábado (24), completam-se exatos seis meses desde que o operador dausina nuclear de Fukushima Daiichi começou a liberar água tratada e diluída no mar.
A Tokyo Electric Power Company – TEPO, já realizou três rodadas de descarga de água até o momento, totalizando 23.351 toneladas de água de 30 tanques.
Análises de amostras de água do mar conduzidas pela empresa e outras partes, incluindo o governo japonês, mostraram uma concentração máxima de trítio de 22 becquerels por litro. O valor está muito abaixo do padrão de 700 becquerels estabelecido pela Tokyo Electric para suspender a liberação.
No mês passado, a Agência Internacional de Energia Atômica publicou seu primeiro relatório completo sobre uma revisão da liberação. O relatório reafirmou que a operação está em conformidade com as normas internacionais de segurança.
A usina de Fukushima Daiichi sofreu um triplo derretimento durante o terremoto e tsunami de 2011. A água usada para resfriar o combustível fundido tem se misturado desde então com chuva e água subterrânea.
A água acumulada está sendo tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio. A água tratada está armazenada em mais de 1.000 tanques.
A Tokyo Electric começou a descarregar a água tratada no oceano de acordo com a política do governo em 24 de agosto do ano passado. A água é diluída para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo do nível de orientação da Organização Mundial da Saúde para água potável.
No entanto, incidentes recentes na usina têm aumentado as preocupações entre os moradores da Província de Fukushima.
Em outubro passado, cinco trabalhadores na usina foram acidentalmente respingados com líquido contendo substâncias radioativas, resultando em dois deles hospitalizados. No início deste mês, foi constatado vazamento de água não tratada de um dispositivo de filtragem.
Enquanto isso, a China impôs uma suspensão total às importações de frutos do mar do Japão em agosto passado, chamando a água acumulada na usina de “nuclearmente contaminada”.
O Japão desde então vem exigindo o levantamento imediato da medida, afirmando que a alegação da China carece de fundamentos científicos.
Na terça-feira (20), o embaixador japonês em Pequim, Kanasugi Kenji, realizou conversações com o Ministro de Ecologia e Meio Ambiente da China, Huang Runqiu. Kanasugi enfatizou que as discussões de um ponto de vista científico são importantes.
O lado chinês vem buscando construir um sistema de monitoramento internacional que envolva os vizinhos do Japão. Até o momento, não demonstrou sinais de suspensão das restrições.
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