Seul, Coreia do Sul – 21 de fevereiro de 2024 – O Ministério da Saúde da Coreia do Sul informou que mais de 6.400 médicos residentes em hospitais de todo o país entregaram suas demissões até segunda-feira (19), em protesto contra um plano do governo para aumentar o número de estudantes de medicina. Autoridades relatam que mais de 700 não compareceram ao trabalho desde terça-feira (20), de manhã.
O governo elaborou medidas para aumentar a cota de matrículas nas faculdades de medicina em 2.000, totalizando 5.058 vagas a partir do próximo ano, visando resolver a escassez de médicos em áreas rurais.
Uma associação médica tem se mostrado cada vez mais contrária à decisão, argumentando que não tem tempo suficiente para se preparar e que simplesmente aumentar a cota não resolverá o problema. Médicos residentes e outros que concordam com a associação tomaram ações coletivas.
A mídia do país relata que em alguns dos principais hospitais de Seul, as salas de emergência não estavam funcionando e alguns pacientes tiveram que adiar cirurgias.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse em uma reunião de gabinete na terça-feira que as vidas e a saúde das pessoas não devem ser feitas reféns.
O governo afirma que médicos militares serão mobilizados para manter os serviços médicos. Ainda assim, surgem preocupações de que uma ausência prolongada dos médicos residentes possa impactar seriamente o sistema de saúde do país.
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