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Lula ataca Israel com discurso antissemita

Presidente brasileiro é declarado "persona non grata" em Israel por ataque antissemita; diplomacia entre Brasil e Israel enfrenta tensões.

Rio de Janeiro, Brasil – 19 de fevereiro de 2024 – O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva tomou uma decisão drástica nesta segunda-feira (19), chamando de volta o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, em resposta à declaração de “persona non grata” pelo governo israelense. A crise diplomática foi desencadeada pelas fortes críticas de Lula às ações militares de Israel na Faixa de Gaza durante uma visita de Estado à Etiópia.

Em um gesto recíproco, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convocou o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, para uma reunião no Palácio Itamaraty, em Brasilia, buscando explicações para a decisão de Israel. A convocação de embaixadores para retornarem a seus países é uma expressão clara de descontentamento com as ações de um governo estrangeiro.

Durante a visita à Etiópia, Lula foi questionado sobre a suspensão de repasses financeiros à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) por alguns países. Em sua resposta, ele comparou as ações israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto, mencionando o líder nazista Adolf Hitler. As declarações provocaram forte reação de Israel, levando à declaração de “persona non grata” e à convocação do embaixador brasileiro para uma reunião no Memorial do Holocausto em Jerusalém.

O gesto de Israel, ao expor publicamente o embaixador brasileiro, gerou mal-estar em Brasília. Diplomatas brasileiros consideraram a reação israelense como “desproporcional”, mesmo reconhecendo que as declarações de Lula foram inadequadas. A decisão de Israel de levar o embaixador brasileiro ao Museu do Holocausto foi interpretada como uma tentativa de humilhação, causando desconforto nas relações bilaterais.

O chanceler israelense, Israel Katz, afirmou que Lula não será bem-vindo em Israel até que se retrate, classificando as declarações como “grave ataque antissemita”. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também condenou as comparações feitas por Lula, considerando ultrapassada uma linha vermelha ao banalizar o Holocausto.

A crise atual representa um desafio significativo para as relações entre Brasil e Israel, e a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa tensão diplomática.

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SourceDW

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