Pyongyang, Coreia do Norte – 16 de fevereiro de 2024 – Kim Yo Jong, irmã do ditador norte-coreano Kim Jong Un, afirmou em comunicado divulgado pela agência estatal de notícias Korean Central News Agency na quinta-feira (15), que uma visita do Primeiro Ministro japonês Kishida Fumio a Pyongyang é possível, desde que Tóquio não transforme a questão dos sequestros em um obstáculo nas relações bilaterais.
A declaração de Kim Yo Jong faz referência a comentários feitos por Kishida durante uma sessão do comitê do Parlamento na semana passada sobre os sequestros de cidadãos japoneses pela Coreia do Norte décadas atrás.
Kishida afirmou que era hora de mudar radicalmente a situação atual entre os dois países. Ele também disse que seu governo estava fazendo esforços contínuos para se comunicar com a Coreia do Norte por meio de diversos canais e que faria o máximo para alcançar resultados.
Kim Yo Jong disse em seu comunicado que “não haverá razão para os dois países não se aproximarem e que o dia da visita do primeiro-ministro a Pyongyang pode chegar”.
Ela afirmou que a visita é possível se o Japão “não criar um obstáculo como a questão dos sequestros já resolvida no caminho futuro para a melhoria das relações bilaterais”.
No entanto, Kim Yo Jong disse que acredita que “a liderança do Estado ainda não não pensa em reparar” os laços e “não tem interesse” em ter contato com o Japão.
Ela também disse: “É necessário observar a intenção oculta do Primeiro Ministro Kishida no futuro”.
Ela afirmou que seu comunicado representa apenas sua “opinião pessoal” e que não está em posição de comentar oficialmente sobre os laços bilaterais.
Kim Yo Jong frequentemente faz comentários públicos que parecem refletir a intenção de Kim Jong Un. É extremamente raro para ela emitir uma declaração sobre sua opinião pessoal sobre os laços entre Japão e Coreia do Norte.
Em 2002, o então Primeiro Ministro japonês Koizumi Junichiro e o então ditador norte-coreano Kim Jong Il, pai de Kim Jong-un, se encontraram em Pyongyang para a primeira cúpula entre os dois países.
A admissão pela Coreia do Norte dos sequestros, na cúpula, levou ao retorno de cinco japoneses abduzidos.
Eles estão entre os 17 cidadãos que o governo japonês diz terem sido sequestrados por agentes norte-coreanos nas décadas de 1970 e 1980. Os outros 12 continuam desaparecidos. Muitos outros, embora não oficialmente reconhecidos, podem ter sido levados para a Coreia do Norte.
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