Irã condena ataques retaliatórios dos EUA no Iraque e Síria

Teerã, Irã – 4 de fevereiro de 2024 – O Irã expressou forte condenação aos ataques aéreos retaliatórios dos Estados Unidos, visando as bases terroristas apoiadas pelo Irã no Iraque e na Síria. Os ataques, segundo relatos, resultaram na morte de pelo menos 45 pessoas, desencadeando críticas do Irã, do Iraque e da Síria.

O Comando Central dos EUA afirmou que suas forças lançaram ataques aéreos direcionados à Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã e a grupos terroristas afiliados, na sexta-feira (2).

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, havia informado aos repórteres no domingo passado que os EUA retaliariam pela morte de três soldados americanos em um ataque de drone na Jordânia.

Na sexta-feira, as forças dos EUA atingiram 85 alvos em sete locais no Iraque e na Síria, incluindo quartéis-generais de comando e controle, depósitos de mísseis, locais de armazenamento de drones e outras instalações relacionadas à Força Quds ou terroristas.

Kirby destacou que a ação dos EUA não seria apenas um único ataque, mas uma resposta escalonada ao longo do tempo. No entanto, ele ressaltou: “Não buscamos outra guerra. Não buscamos escalada”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou em comunicado no sábado (3), que os ataques dos EUA são violações da soberania e integridade territorial do Iraque e da Síria. Ele também afirmou que o governo dos EUA cometeu mais um erro estratégico.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, relatou que 26 locais foram atingidos e 18 milicianos foram mortos nos ataques na Síria.

A mídia estatal síria divulgou um comunicado do exército, afirmando que os ataques dos EUA não podem ser justificados.

No Iraque, um porta-voz do governo afirmou que 16 pessoas foram mortas, incluindo civis, e 29 pessoas ficaram feridas.

O comunicado afirmou que a ação dos EUA leva a situação de segurança no Iraque e na região “à beira do abismo” e coloca em risco os esforços contínuos para criar estabilidade.