Equipe de trabalho do partido governante do Japão está pronta para discutir revisões à lei de fundos políticos

Tóquio, Japão – 14 de fevereiro de 2024 – Uma equipe de trabalho formada pelo principal partido governante do Japão, o Partido Liberal Democrata, está pronta para iniciar discussões sobre possíveis revisões à lei de controle de fundos políticos. O partido foi abalado por um escândalo de financiamento político envolvendo algumas de suas facções.

A equipe é liderada pelo ex-Ministro de Estado de Relações Exteriores, Suzuki Keisuke. É uma das três equipes de trabalho formadas pelo partido sobre reforma política. Sua primeira reunião foi na terça-feira (13).

A equipe debateu sobre uma disposição de culpa por associação que deve ser adicionada à lei. Isso poderia permitir que um legislador seja responsabilizado, junto com seu tesoureiro, se o tesoureiro for acusado de irregularidades.

Atualmente, as informações sobre o comprador de tickets para eventos de arrecadação de fundos só precisam ser incluídas em um relatório se o valor pago ultrapassar um determinado montante. A equipe discutirá se o valor limite deve ser reduzido.

O Comitê Orçamentário da Câmara Baixa continuará a debater o projeto de lei orçamentária para o próximo ano fiscal nesta semana.

O comitê realizará um debate sobre a questão dos fundos políticos na quarta-feira. O Primeiro-Ministro Kishida Fumio e os Ministros do Gabinete relevantes devem comparecer.

O campo da oposição, incluindo o Partido Democrático Constitucional, continuará interrogando o primeiro-ministro sobre o escândalo. Algumas das partes pretendem exigir a proibição de doações políticas de empresas e outros.

O campo da oposição planeja solicitar a realização de uma reunião do Conselho Deliberativo da Câmara Baixa sobre Ética Política. Os legisladores da oposição afirmam que membros seniores das duas facções do LDP no centro do escândalo precisam testemunhar durante as audiências.

Uma das facções foi liderada pelo falecido Primeiro-Ministro Abe Shinzo, e a outra foi chefiada por Nikai Toshihiro, um peso-pesado do partido. Ambas as facções decidiram se dissolver.