Autoridades do Japão tomam medidas para ajudar voluntários na província de Ishikawa atingida por terremoto

Ishikawa, Japão – 19 de fevereiro de 2024 – Após o devastador terremoto que atingiu a província de Ishikawa, no Japão, pessoas de todo o país expressaram o desejo de oferecer uma mão amiga. Cerca de 26.000 indivíduos se registraram como voluntários, porém problemas logísticos significam que menos de 2.800 deles conseguiram chegar à zona de desastre.

A casa de Banjo Shigeo, na cidade de Suzu, foi danificada pelo terremoto massivo no dia de Ano Novo. Uma lesão nas costas o deixou fora de ação por cerca de três semanas, e voluntários foram vistos ajudando na casa. Banjo afirmou que os voluntários são muito eficientes e prestativos.

No entanto, a logística tem sido um desafio. Se os voluntários estivessem estacionados nas proximidades, poderiam fazer ainda mais diferença. Mas eles têm sido compelidos a viajar para áreas afetadas de ônibus a partir da cidade de Kanazawa. Uma viagem de ida pode levar várias horas. Na segunda-feira (19), as autoridades estenderam os serviços de transporte, permitindo que as pessoas trabalhem pelo menos quatro horas por dia.

Hase Hiroshi, governador de Ishikawa, está tentando garantir acomodações para os voluntários e trabalhadores que reconstruirão a infraestrutura da província. Um plano envolve a construção de habitações pré-fabricadas, e hotéis e pousadas locais afetados pelo terremoto serão pagos para operar essas instalações.

Hase afirmou que “a demanda por acomodações provavelmente aumentará por causa do número crescente de voluntários aqui. Precisamos garantir e preparar mais lugares onde possam ficar, para que as áreas atingidas pelo desastre possam ser restauradas rapidamente”.

O terremoto danificou mais de 70.000 casas em Ishikawa, deixando muitas áreas isoladas, como um distrito na cidade de Wajima. A maioria dos 700 residentes já evacuou, restando apenas seis.

Omukai Minoru e sua esposa estão entre eles. Eles estão sem água corrente desde o terremoto. Omukai expressou que se sente abandonado por todos os outros.

Deslizamentos de terra bloquearam uma estrada que conecta o distrito ao centro da cidade. Outro morador afirmou que a rota deve ser reaberta o mais rápido possível, temendo que os jovens da comunidade possam nunca mais retornar.