Tóquio, Japão – 6 de janeiro de 2024 – O procedimento eficiente de evacuação de todos os 379 passageiros de um avião da Japan Airlines (JAL), que pegou fogo após uma colisão com uma aeronave da Guarda Costeira Japonesa no Aeroporto de Haneda, em Tóquio, na última terça-feira (2), está sendo classificado de “milagre” por alguns veículos de mídia internacional. A NHK detalhou os momentos tensos dos 18 minutos durante a evacuação.
O incidente ocorreu por volta das 17h47, quando a aeronave da JAL colidiu com um avião da Guarda Costeira Japonesa. O jato de passageiros deslizou ao longo da pista por cerca de um quilômetro. Após a parada, os pilotos inicialmente não perceberam que um incêndio havia começado.
Contudo, a cabine começou a ser preenchida por fumaça. Uma passageira relatou: “Cada vez mais fumaça se espalhava pela frente, eu só pensava em não inalar nada”.
Um passageiro lembrou como a tripulação de cabine respondeu à emergência, instruindo os passageiros a permanecerem calmos e evacuarem deixando seus pertences para trás.
A chefe da tripulação informou sobre o incêndio para o cockpit, e a evacuação teve início através de duas saídas na frente do avião, próximas ao cockpit.
Cinco das seis saídas restantes foram bloqueadas pelo fogo, restando apenas uma saída de emergência na parte traseira da aeronave.
A tripulação precisa obter permissão do cockpit para abrir uma saída de emergência. No entanto, o sistema de intercomunicação na parte traseira do avião não estava funcionando, tornando a comunicação impossível. A equipe abriu a porta por iniciativa própria.
Egami Izumi, professora visitante da Universidade de Tsukuba e ex-comissária de bordo da JAL, disse à NHK que o processo de tomar decisões para abrir as saídas de emergência foi crucial. Egami afirmou: “Eles tentarão entrar em contato com o capitão. Mas se não conseguirem, a única opção é abrir a porta e evacuar”.
Egami também destacou que a cooperação dos passageiros contribuiu para uma evacuação bem-sucedida.
Outra passageira afirmou que todos estavam calmos e cooperativos. Ela disse: “Parecia que estávamos descendo pelo escorregador de emergência lentamente e ficando presos, mas alguém ajudou puxando-me. E eu também puxei os outros. Minha bagagem deve ter queimado, no entanto”.
Egami afirmou: “Quase ninguém tinha pertences consigo ao deslizar pelos escorregadores. Foi de grande ajuda que seguiram as instruções”.
O capitão foi a última pessoa a deixar o avião às 18h05, 18 minutos após o pouso.
Egami acredita que a prontidão da tripulação para qualquer contingência resultou na evacuação segura.
Ela disse: “Acredito que deve ter sido muito difícil para a tripulação evacuar todos usando apenas três saídas. Os membros da tripulação participam de treinamentos de emergência anuais. Eles também pensam antes de cada voo no que devem levar consigo e que papéis devem desempenhar em diferentes cenários. Isso é o que as equipes sempre têm em mente e desempenhou um grande papel nesta evacuação”.
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