Tóquio, Japão, 31 de janeiro de 2024 – As autoridades da empresa de distribuição de energia afirmam que os restantes cortes de energia causados pelo terremoto do Ano Novo no centro do Japão deverão ser quase completamente resolvidos nesta quarta-feira (31).
Cerca de 2.800 residências na Península de Noto, na Província de Ishikawa, ainda estavam sem energia até as 17h de terça-feira.
Equipes na cidade de Wajima estão trabalhando para restaurar e restabelecer a rede elétrica. O número de residências sem energia atingiu o pico de cerca de 40.000 neste mês.
Fujitani Takahiro, da Companhia de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica de Hokuriku, afirmou: “Gostaríamos de cooperar com os envolvidos para restabelecer o serviço, mesmo em áreas de difícil acesso devido a coisas como deslizamentos de terra”.
Para as pessoas na zona de desastre, a vida ainda não voltou ao normal. A falta generalizada de água torna difícil lavar roupas.
Um grupo de voluntários na cidade de Nanao está ajudando. Eles começaram a recolher e lavar roupas em uma escola primária que abriga evacuados.
O desastre também atingiu gravemente as indústrias tradicionais de Noto. Shinohara Takashi cria cerâmica tradicional conhecida como Suzu ware. Um terremoto anterior, em maio passado, danificou sua oficina. A produção estava prestes a recomeçar quando o terremoto deste mês ocorreu.
Shinohara disse: “Não deixarei o desastre me vencer. Prometi manter o fogo no forno aceso. Recuso-me a parar minha arte”.
Os moradores também estão celebrando a sobrevivência do que é considerada uma obra-prima – um globo de Wajima-nuri, um tipo de laca tradicional.
Representa a Terra flutuando no espaço à noite. A peça milagrosamente sobreviveu ao terremoto apesar dos danos generalizados na área.
Komori Kunihiro, chefe do Museu de Arte em Urushi de Wajima, disse que espera que o trabalho possa se tornar um símbolo da reconstrução da área.
À medida que a reconstrução continua, as autoridades dizem que pode levar tempo para que os serviços de transporte voltem ao normal.
O desastre já deixou 238 mortos e 19 desaparecidos.
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