Tóquio, Japão – 15 de janeiro de 2024 – Segundo a NHK, promotores em Tóquio estão considerando construir um caso contra um ex-tesoureiro de uma facção do partido no poder, anteriormente liderada pelo Primeiro-ministro Kishida Fumio, por suspeitas de irregularidades em fundos políticos.
Os promotores têm investigado um escândalo que envolve facções do principal partido governante, o Partido Liberal Democrático, relacionado a receitas não declaradas de eventos para arrecadação de fundos. A maior facção intrapartidária, que foi liderada pelo falecido Primeiro-ministro Abe Shinzo, está entre aquelas sob escrutínio.
Fontes familiarizadas com o assunto afirmam que o ex-tesoureiro é suspeito de não reportar cerca de 30 milhões de ienes, ou 200 mil dólares, como receitas de eventos partidários da facção de Kishida ao longo de três anos até 2020. O ex-tesoureiro é acusado de falsificar relatórios de financiamento político, violando a lei de controle de fundos políticos.
As fontes afirmam que a pessoa admitiu não declarar parte das receitas das angariações de fundos quando questionada pelos promotores de forma voluntária.
Kishida liderava a facção desde 2012, mas deixou o grupo em dezembro passado à medida que o escândalo financeiro se ampliava. Ele afirmou que tentaria restaurar a confiança das pessoas na política a partir de uma posição mais neutra.
O primeiro-ministro disse a repórteres na quinta-feira (18), que houve erros administrativos nos relatórios de fundos da facção. Ele afirmou que a facção apresentará correções ao ministério de assuntos internos.
Os relatórios revisados para os três anos até 2022 mostram que a facção deixou de declarar quase 9 milhões de ienes, ou cerca de 60 mil dólares, apenas em 2020.
Promotores de Tóquio também estão, aparentemente, se preparando para acusar, sem prisões, os chefes tesoureiros das facções de Abe e da facção liderada pelo ex-Secretário-Geral do PLD, Nikai Toshihiro.
A facção de Abe é suspeita de não reportar receitas de eventos totalizando mais de 600 milhões de ienes, ou 4 milhões de dólares, ao longo de cinco anos até 2022. Da mesma forma, a facção de Nikai supostamente manteve mais de 200 milhões de ienes, ou 1,35 milhão de dólares, fora dos registros.
Promotores de Tóquio também estão investigando o escritório de Nikai. Fontes afirmam que estão considerando construir um caso contra um dos secretários de Nikai sob suspeita de violar a lei de controle de fundos políticos.
Os promotores alegam que o escritório de Nikai é suspeito de não repassar mais de 30 milhões de ienes em receitas de eventos partidários para a facção e de manter o dinheiro em seus próprios cofres, sem declará-lo.
Fontes afirmam que, durante o interrogatório de forma voluntária, o secretário admitiu guardar parte das receitas das festas e não registrá-las nos relatórios de fundos do escritório.
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