Laos, 30 de janeiro de 2024 – Uma diplomata sênior de Myanmar compareceu a uma reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático. É uma reviravolta para a junta militar, que boicotou eventos importantes organizados pelo bloco por mais de dois anos, mas também está lidando com uma insurgência.
Na segunda-feira (29), os ministros das Relações Exteriores da ASEAN se reuniram no Laos, que está presidindo o bloco este ano. Uma alta funcionária do Ministério das Relações Exteriores de Myanmar estava presente. A ASEAN proibiu o envio de representantes políticos militares para suas reuniões.
Durante as conversas, os ministros da ASEAN instaram Myanmar a implementar o plano de paz do bloco, conhecido como Consenso de Cinco Pontos, que pede um fim imediato à violência no país.
Em uma coletiva de imprensa após as conversações, o Ministro das Relações Exteriores do Laos, Saleumxay Kommasith, descreveu a representante de Myanmar como uma “representante não política” e disse que sua participação foi um “sinal positivo”.
Ele afirmou que quanto mais a ASEAN se envolve com Myanmar, maior será a compreensão sobre a situação real do país, não apenas entre os estados membros da ASEAN, mas também na comunidade internacional.
Fontes no Ministério das Relações Exteriores de Myanmar disseram à NHK que pretendem enviar delegados para próximas reuniões importantes.
Quase três anos após o golpe, a junta parece estar lutando para manter o controle, com grupos étnicos minoritários armados lançando ondas de ataques desde outubro passado.
Isso é considerado um dos fatores por trás da participação de Myanmar na reunião, que é amplamente vista como uma concessão à ASEAN.
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