Teerã, Irã – 19 de janeiro de 2024 – O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (Islamic Revolutionary Guard Corps – IRGC) do Irã atacou bases de um grupo militante sunita na província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, em uma ação que se segue a ataques anteriores do IRGC no Iraque e na Síria, de acordo com informações divulgadas pela mídia iraniana na terça-feira (16).
O governo iraniano alega que o grupo militante é hostil ao Irã, de maioria xiita, e tem realizado repetidos ataques contra prédios policiais no país. O ataque, realizado com mísseis e drones, visou as bases do grupo na região.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão emitiu uma declaração na quarta-feira (17), condenando o que chamou de “violação não provocada de seu espaço aéreo pelo Irã”. A declaração afirma que o ataque resultou na morte de duas crianças e ferimentos em três meninas. A violação da soberania do Paquistão foi considerada “completamente inaceitável”, e o país já apresentou um forte protesto ao Ministério das Relações Exteriores do Irã.
Curiosamente, o ataque ocorreu no mesmo dia em que a mídia estatal iraniana informou que as marinhas de ambos os países realizaram um exercício naval conjunto.
O IRGC afirmou na terça-feira que lançou mísseis contra o que alegou ser um quartel-general de espionagem israelense no norte do Iraque. Além disso, realizou ataques com mísseis contra alvos na Síria, declarando ser uma retaliação por ataques terroristas no Irã pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
Observadores indicam que os ataques com mísseis podem ser em resposta às demandas da população iraniana por vingança. Há crescentes preocupações sobre a instabilidade regional, com possíveis repercussões nas relações bilaterais e na segurança na região.
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